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MEIO AMBIENTE Quarta-feira, 17 de Agosto de 2022, 17:09 - A | A

17 de Agosto de 2022, 17h:09 - A | A

MEIO AMBIENTE / PROJETO VETADO

Nota técnica contraria veto e defende proibir PCHs no Rio Cuiabá

Formad afirma que texto é constitucional porque trata de meio ambiente e não de geração de energia

DA REDAÇÃO



O Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad) protocolou nesta quarta-feira (17), junto à Mesa Diretora e Procuradoria da Assembleia Legislativa, uma nota técnica na qual contrapõe os argumentos utilizados pelo governador Mauro Mendes (União) para vetar o Projeto de Lei (PL) nº 957/2019.

O projeto, que proíbe a instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Usinas Hidrelétricas (UHEs) em todo o leito do rio Cuiabá, foi aprovado em maio deste ano com ampla maioria pela Assembleia. Porém, acabou sendo vetado pelo governo. O documento elaborado pelo Fórum visa contribuir com a derrubada do veto.

Uma sessão para votação de vetos do governador, incluindo o desse projeto, está marcada para 24 de agosto, próxima quarta-feira.

Leia mais:

Mauro veta projeto de lei que barrava construção de PCHs no Rio Cuiabá

Cinco PCHs no Pantanal podem ser beneficiadas com projeto aprovado na AL

A nota técnica é baseada em quatro pontos para justificar a constitucionalidade da proibição destes empreendimentos às margens do rio Cuiabá, contrariando o argumento de “inconstitucionalidade formal” utilizado pelo governo ao vetar o projeto. O objetivo do Formad com este documento é apresentar subsídios técnico-jurídicos a respeito do entendimento equivocado para a não sanção do projeto.

Por esta razão, o texto foi entregue pelo secretário-executivo do Formad, Herman Oliveira, à Mesa Diretora da ALMT e enviado por e-mail a todos os parlamentares para apreciação.

No documento, o Formad defende o seguinte:

1 – É mentira que o PL 957/2019 causaria interferência na competência privativa da União para legislar sobre águas. O projeto trata sobre a proibição de novas UHEs/PCHs, legisla sobre a tutela do meio ambiente mediante a proibição de construção de novos empreendimentos hidrelétricos, cujo objetivo é a recuperação da integridade ecológica do rio.

2 – É verdade que o PL 957/2019 refere-se à proteção do meio ambiente, de forma particularizada de acordo com a necessidade e a realidade regional e em observância ao princípio da predominância do interesse.

3 – É mentira que o PL 957/2019 trata de concessão e tampouco de permissão sobre serviços e instalações de energia elétrica ou sobre o aproveitamento energético dos cursos de água.

4 – É verdade que o rio Cuiabá abastece cerca de 75% da população do estado de Mato Grosso e que sua integridade ecológica já está comprometida com empreendimentos na região. Por isso, vedar novas construções é fundamental para a garantia de sobrevivência do rio.

5 – É mentira que o PL 957/2019 causa ofensas à Política Nacional de Recursos Hídricos. Na verdade, este argumento foi utilizado no veto, sem mencionar qual a suposta violação e nem qual o dispositivo aplicado.

6 – É verdade que o PL 957/2019 estabelece matéria legislativa de interesse regional para assegurar preceito fundamental da população mato-grossense. Sendo assim, é mentira que o projeto extrapola a competência do estado na legislação sobre proteção do meio ambiente.

7 – É mentira que o PL 957/2019 extrapola a competência que lhe foi conferida pela Constituição brasileira, sobretudo porque não legisla sobre as águas e porque a competência é comum para proteger o meio ambiente (art. 23, VI e VII, da CFRB).

IMPORTAÇÃO DA PROIBIÇÃO - Em maio, uma carta assinada por mais de 90 entidades pediu a sanção do projeto apontando que estudos coordenados pela Agência Nacional de Águas (ANA) e a Embrapa Pantanal eram suficientes para sanar dúvidas em relação aos impactos de usinas e hidrelétricas nos rios formadores do bioma Pantanal, a exemplo do rio Cuiabá. O texto apontou que um dos efeitos diretos seria a “diminuição na reprodução dos peixes migradores, os peixes de piracema - importantíssimos para as atividades econômicas de pesca profissional e turística”, além de alterações em toda a cadeia alimentar, bem como todo o ciclo das águas na região.

“O rio Cuiabá livre é parte da alma, da cultura e da história do Vale do Rio Cuiabá. Seu barramento pode quebrar toda essa conexão admirável. O rio alimenta diretamente milhares de pessoas. Para sua ciência, salientando os resultados dos estudos científicos do PRH Paraguai, a pesca, em suas várias modalidades, é a maior geradora de trabalho, economia e renda no Pantanal e deve ser protegida como atividade fundamental em tempos tão difíceis, inclusive para a sobrevivência imediata”, diz um trecho da carta.

(Com assessoria)

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Rubens Marlos de Melo 24/08/2022

Bando de safados, molharam os bolsos desse FDP para isso, isso compromenter todo rio Cuiaba e o pantanal....!!!

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Izabel Rigoni Castilho 17/08/2022

Não não precisamos de pch pela internet temos energia suficiente com as placas solar e demais opções inclusive com os esgotos pode fazer energia e limpar os rios que estão sendo contaminados a energia é feita com insumo e os dejetos só querem fazer pch em hidrelétrica para proveito próprio pois elas não são excitadas licitadas e o dinheiro fica com os representantes que está no município e no estado e 30% fala que é para as defesa do meio ambiente Só que nunca foi feito nada para o meio ambiente apenas destrói os nossos Rios acabando com as nossas pescas em nossas riquezas fala que traz desenvolvimento e emprego pura mentira que traz gente de fora é muito mais importante investir no turismo que todos sai ganhando sem destruir as nossas riqueza

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2 comentários

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