ARIELLY BARTH
DA REDAÇÃO
O cenário de desmatamento em Mato Grosso registrou uma queda de 32% na Amazônia e no Cerrado entre janeiro de 2023 e julho de 2024. Segundo dados divulgados em uma Nota Técnica pelo Instituto Centro de Vida (ICV) no último dia 10.
O levantamento aponta que o estado perdeu cerca de 1.700 km² de cobertura florestal nos dois biomas no período analisado. Na Amazônia mato-grossense, a redução foi de 38,3% no desmatamento, enquanto no Cerrado o índice ficou em 27%.
ICV

78% do desmatamento ocorreu em áreas cadastradas, ou seja, são imóveis rurais que inscritos no Cadastro Ambiental Rural (Car), e cerca de 75% ocorreu sem autorização do órgão ambiental.
Do total de desmatamento, 78% ocorreu em áreas cadastradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), sendo que cerca de 75% do desmatamento aconteceu sem a devida autorização dos órgãos ambientais. As grandes propriedades, com mais de 1.500 hectares, representam 63% do total de desmatamento, com destaque para as 10 maiores áreas desmatadas ilegalmente cadastradas, estão localizadas na porção amazônica, somando quase 161 km².
Outro dado relevante é o aumento das liberações feitas pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) nos últimos dez anos, com um salto de mais de 340%. As liberações passaram de 111 km² em 2015 para 492 km² até outubro de 2024. No entanto, cerca de 30% do que foi autorizado não chegou a ser desmatado.
ICV

A fiscalização da Sema tem intensificado medidas para combater o desmatamento ilegal e o uso indevido da terra. Entre agosto de 2023 e julho de 2024, foram emitidos 9.191 autos de infração por desmatamento não autorizado, abrangendo cerca de 1.500 km². Além disso, 2.004 km² foram embargados, sendo 73% desse total na região amazônica de Mato Grosso.
Dez municípios concentram 49% do desmatamento total do estado. Nova Maringá lidera o ranking, respondendo por 13% do desmatamento ilegal e 10% do desmatamento autorizado, seguida por Colniza, Paranatinga e Marcelândia.
ICV

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