LETICIA AVALOS
Da Redação
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que deixará dívidas para o próximo gestor do município, Abilio Brunini (PL), porque, segundo ele, também recebeu a prefeitura endividada. Para ele, é normal que novos prefeitos tenham que lidar com débitos de gestões anteriores.
“Como eu recebi uma dívida da gestão anterior à minha, eu vou passar também com dívidas totalmente pagas, a curto, médio e longo prazo, contabilizadas, sem nenhum problema. Isso todo mundo faz”, alegou nesta segunda-feira (16).
Após o promotor de Justiça, Milton Mattos da Silveira Neto, da procuradoria da Saúde, apontou que as dívidas da gestão Emanuel Pinheiro com as empresas terceirizadas que atuam na saúde estão na casa dos R$ 100 milhões, o prefeito contestou o valor. “Claro que não”, disse.
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No entanto, Emanuel não soube esclarecer o valor exato. “Nós vamos ver. Nós estamos fazendo esse levantamento. Vai fechar o relatório fiscal, depois vai fechar o relatório do último quadrimestre. [...] Eu mesmo vou tornar isso público na prestação de contas”, garantiu.
A explicação do gestor municipal é de que os contratos firmados com as terceirizadas prevêem um “delay” de pagamento de 60 a 90 dias e, dentro desse prazo, o atraso dos repasses da prefeitura às empresas não estaria irregular.
“Todas elas estão dentro desse delay e eu vou deixá-las dentro desse delay. Se eu puder pagar e deixar todo mundo em 60, é minha orientação para o diretor-geral. Se eu não puder, dentro do contrato eu vou deixar. E todas as empresas assinaram o contrato sabendo disso”, declarou.
De acordo com Emanuel, o delay é necessário por causa da burocracia da máquina pública no processo de pagamento. Ele ainda esclareceu que está tentando pagar os repasses de novembro, mas os de dezembro é certeza que não serão pagos por ele.
“Dezembro não é problema da minha gestão, é certeza que não vão receber. Agora, novembro, eu estou lutando para buscar recursos, senão, dentro do contrato vai estar”, disse.
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Problemas na Saúde
Nesta segunda-feira, após a Audiência Judicial da Saúde, convocada pelo desembargador Orlando Perri, o magistrado determinou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) forme mesas técnicas para monitorar a situação da saúde pública em Cuiabá e Várzea Grande.
Para Perri existe o risco de um colapso no sistema de saúde da capital por problemas como atraso de pagamento e falta de profissionais.
No encontro, que contou com a presença de lideranças políticas dos dois municípios e do estado, o desembargador deixou claro que o Judiciário vai continuar acompanhando a situação da saúde pública em Cuiabá e não descartou a possibilidade de uma nova intervenção, inclusive na gestão de Abilio Brunini.
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Roseli 30/12/2024
Eu pensava que wilson Santos foi pessimo prefeito, mais Emanuel Pinheiro se superou esta deixando a prefeitura quebrada! Saúde pessima! Sem medicamentos, funcionários sem receber . Nota zero Emanoel.
Getulio 30/12/2024
Canalha, mil vezes canalha!!!
2 comentários