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CECÍLIA NOBRE
Da Redação

A lista sêxtupla para concorrer a vaga de desembargador para o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT) foi definida em 20 de dezembro por membros da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT). Os escolhidos foram: Abel Sguarezi, Dinara de Arruda Oliveira, Flaviano Kleber Taques Figueiredo, Gláucia Anne Kelly do Amaral, Helio Nishiyama e Juliana Zafino I. Ferreira Mendes.  

A lista foi enviada ao TJMT, onde os desembargadores irão reduzir para três nomes, por meio de uma nova votação. Em seguida, o Governador Mauro Mendes (União Brasil) fará a nomeação de um da lista tríplice, conforme previsto pelas Constituições Federal e Estadual. Veja abaixo algumas das propostas dos candidatos. 

Durante a votação da lista sêxtupla na OAB-MT, os advogados que disputam o cargo do Quinto Constitucional puderam discursar para convencer os membros do Conselho Seccional e da diretoria da Ordem do porquê escolher seu nome. O Midiajur reuniu abaixo os discursos dos seis advogados escolhidos.

Flaviano Kleber Taques Figueiredo

Defende que, se eleito ao cargo, a advocacia estará presente dentro do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT) e que não negociará prerrogativas. Ele afirmou ainda que o sigilo a independência são conquistas irrevogáveis e a inviolabilidade do escritório são conquistas irrevogáveis.  

“Eu enxergo que pretender o cargo como desembargador é uma oportunidade para que eu possa representar os advogados, junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso. Estarei defendendo a Constituição Federal, o Estatuto da Advocacia e tudo aquilo que a nossa profissão representa”. 

Ouça:

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Hélio Nishiyama  

Destacou as dificuldades que vivenciou na advocacia “de uma cópia de inquérito policial a aguardar horas para ser atendido. Mas eu conheci a nobreza da classe, fiz grandes amigos e conheci a justiça na advocacia” relatou. Enquanto desembargador, em especial ao tema que trata da fixação dos honorários advocatícios, Nishiyama disse que “honorário de advogado não é gorjeta” e que não há como quantificar os honorários dos advogados a partir do critério estabelecido no tema 1076/STJ.

“Não tenho dúvidas que o meu compromisso é defender todas as prerrogativas da advocacia” afirmou. 

Ouça:

Abel Sguarezi

Afirma que representará a advocacia no TJMT e defende que não há como fugir do plenário virtual, mas que ele deve ser dirigido com ressalvas, em especial, quando o advogado quiser o contato pessoal sem ter complicações para garantir isso. Sguarezi apontou ainda que considera um crime quando se fala em violação das prerrogativas.

“É de tamanho absurdo você ter uma advogada lactante e que ao solicitar uma audiência prioritária e ela ter que precisar da implementação de uma lei para garantir os seus direitos. Desse modo, a violação das prorrogativas deve ser criminalizada” relatou.       

Ouça:

Juliana Zafino I. Ferreira Mendes

Afirmou que as prerrogativas devem ser respeitadas e, se eleita ao cargo, irá atende-las e cumpri-las. Disse que deseja ser um instrumento de aproximação da Ordem dos Advogados do Brasil para com o judiciário, para que todos “possam caminhar juntos” e que o faz com amor pela OAB e pela advocacia.

“Tudo o que construí foi pela advocacia. Ao longo da minha caminhada com o Quinto, passei por diversas situações e subseções e pude olhar nos olhos de todos e enxergar a realidade, não com os meus olhos, mas com o olhar de cada um” relatou.

 Ouça:

Dinara de Arruda Oliveira  

Defende a paridade, pois esteve lutando há tempos. Relata que o Quinto é uma “oxigenação”, que trará uma visão multidisciplinar, levando a advocacia aos tribunais superiores. Acredita que o Estatuto da OAB e todos os regramentos da advocacia defendem que os advogados têm liberdade no momento em que executam efetivamente o seu trabalho. Para ela, “é um absurdo que um advogado seja condenado por emitir um parecer”.

Ouça:

Gláucia Anne Kelly do Amaral  

Afirma que sua eleição “é de trajetória e não de promessa”, que sua experiência visitando todas as comarcas de Mato Grosso mostra que conhece o caminho árduo da advocacia. Defende a equidade e a ocupação de mulheres em espaços que eram ou são majoritariamente masculinos. “Os tribunais precisam de trajetórias diferentes, para que eles possam ser plurais” defendeu. Sobre a fixação dos honorários advocatícios, Glaucia afirma que há um histórico de desrespeito quanto aos honorários e que é necessário respeitar os precedentes.

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