LETICIA AVALOS
Da Redação
A vereadora Michelly Alencar (União) acusou parlamentares da Câmara Municipal de Cuiabá de tentar “manipular a opinião pública” durante a votação da revogação da taxa do lixo, que aconteceu na manhã de quinta-feira (3). Mesmo com discordâncias entre os vereadores, a anulação foi aprovada por unanimidade.
“Houveram alguns vereadores que quiseram manipular a opinião pública e isso é muito ruim. Quando você usa o posicionamento político para trazer confusão na mente da população. Eles disseram que vai tirar de uns e cobrar de outros. [Mas] não, a gente simplesmente tornou inexistente a lei da cobrança da taxa do lixo”, explicou nesta sexta-feira (4).
Durante a apreciação do projeto no plenário, o vereador Jeferson Siqueira (PSD) se manifestou na tribuna afirmando que o prefeito Abilio Brunini (PL), propositor da pauta, estava entregando um “presente de grego” para a população cuiabana, isto é, não estava extinguindo a taxa do lixo, mas apenas eximindo a cobrança de parte da população.
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“Falo isso em nome dos moradores de condomínios e dos que trabalham em comércios, sejam restaurantes, mercados e postos de combustíveis, considerados grandes geradores [...] uma parcela da população cuiabana está sendo isentada, mas a outra parte vai pagar sim pela taxa”, disse Jeferson.
A afirmação gerou indignação entre parlamentares da base do prefeito, que fizeram questão de esclarecer que a revogação em questão se referia à Lei Complementar nº 522/2022, proposta e sancionada pelo ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para ampliar a abrangência de uma cobrança já existente.
Condomínios e estabelecimentos comerciais, considerados pela legislação como grandes geradores de resíduos, já pagavam uma taxa pelo coleta e tratamento do lixo antes de 2022 e continuarão pagando após a revogação. A diferença será apenas para os considerados pequenos geradores, que são os cidadãos de residências comuns.
O fim da cobrança de R$ 10,60 para 3 coletas semanais ou R$ 20, 20 para 6 coletas semanais chegará ao fim, oficialmente, no mês de junho, após a conclusão do decreto de calamidade financeira da prefeitura de Cuiabá.
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