ANGELA JORDÃO
DA REDAÇÃO
A Justiça de Mato Grosso negou revogar a prisão preventiva de Vitor Dornel de Jesus, integrante da facção criminosa Comando Vermelho, que responde que tem oito condenações criminais transitadas em julgado, incluindo a tentativa de homicídio de um amigo.
A decisão é juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Alethea Assunção Santos. Ao negar o pedido de revogação da preventiva, a magistrada destacou que não houve qualquer alteração fática desde a decretação da prisão preventiva que se mostre suficiente para a revogação.
Alethea apontou que o decreto prisional foi proferido com o objetivo de resguardar a ordem pública, diante dos indícios de que o réu integrava a organização criminosa Comando Vermelho, atuando na prática de tráfico de drogas.
“Como bem salientou o Ministério Público, o réu, supostamente, exercia papel relevante no grupo criminoso, sendo responsável pela mercancia de entorpecentes e atuando como 'olheiro', informando os demais integrantes sobre a movimentação policial”, explica.
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O sistema processual mostra que Vitor ostenta executivo de pena referente a oito condenações criminais transitadas em julgado, possuindo, inclusive, uma pena remanescente de mais de 08 anos.
“Verifica-se que, mesmo após múltiplas condenações, ele, em tese, continua a delinquir, o que evidencia o risco concreto de reiteração delitiva. É cediço que a gravidade em concreto, a periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi e, também, pelo risco da reiteração delitiva, são fundamentos aptos a ensejar a custódia cautelar preventiva”, diz a sentença.
“Diante do exposto, indefiro o pedido de revogação da prisão preventiva, mantendo incólume o decreto prisional”, concluí a juíza.
Tentativa de homicídio
Entre os crimes cometidos por Vitor está uma tentativa de homicídio, ocorrida em novembro de 2014, em Itiquira. De acordo com o inquérito policial, Vitor e a vítima eram amigos e o acusado teria agido motivado por ciúmes da sua namorada.
Desconfiado de que o amigo estava mandando mensagens para o celular de sua namorada, o acusado armou uma emboscada para vítima, marcando um encontro com ele. Quando a vítima chegou ao local, foi recebido com diversos golpes de faca. Um dos golpes acertou o rosto do homem, causando uma deformidade permanente. Na época, Vitor foi preso pelo crime.
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