DA REDAÇÃO
A juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, decidiu colocar em sigilo a ação penal que trata da morte do advogado Roberto Zampieri, ocorrida em dezembro de 2023. A decisão atende ao pedido da defesa de um dos réus no processo.
De acordo com a magistrada, a decisão visa "proteger a honra e intimidade" da vítima. As audiências de instrução já foram realizadas e o caso deve ir a júri popular.
Foram presos pelo assassinato Antônio Gomes da Silva, apontado como executor, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, apontado como intermediador, e o coronel da reserva do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que seria o financiador do assassinato.
O produtor rural Aníbal Manoel Laurindo, que travava uma disputa em que Zampieri figurava como uma das partes, é apontado pela Polícia Civil como o mandante do crime, mas está solto por conta da idade avançada. A esposa dele também é investigada como possível mandante.
A motivação para o assassinato seria a interferência de Zampieri junto a magistrados do Tribunal de Justiça de Grosso, que teria feito a ganhar a causa de desapropriação de uma fazenda do mandante.
Leia mais:
CNJ mantém afastado magistrado de MT investigado por venda de sentença
DESDOBRAMENTOS
No dia da morte de Zampieri o celular dele foi apreendido e os policiais descobriram que o advogado poderia estar participando de um esquema de venda de decisões junto ao Poder Judiciário de Mato Grosso. O aparelho foi repassado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que, desde então afastou os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, além do juiz da comarca de Vila Rica, Ivan Lúcio Amarante.
O juiz que iniciou a condução das investigações da morte na 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Waldymir Perri, pediu transferência para comarca de Várzea Grande após o Conselho Nacional de Justiça exigir a transferência de dados do celular do advogado. Isso porque, enquanto titular do caso, o magistrado confiscou os dados, realizando os deslacre do celular sem a presença de membros da Polícia Civil e do Ministério Público.
O órgão ministerial promoveu uma reclamação disciplinar contra o juiz no CNJ.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.
cuiabano 25/10/2024
\"proteger a honra e intimidade\" da vítima!!!!!!!!!! Que vergonha Excelência, esta protegendo sua turma, deveria deixar o povo saber oq realmente rola no judiciário e no MP. VERGONHA NACIONAL
1 comentários