ARIELLY BARTH
DA REDAÇÃO
Após a morte de Thayane Oliveira Sousa Leal, 35 anos, em decorrência de complicações em uma cirurgia plástica realizada em um hospital de Cuiabá, o Midiajur encontrou mais três ações judiciais por danos morais e materiais contra a instituição. As ações são relacionadas a procedimentos estéticos realizados entre os anos de 2019 e 2021.
Em uma das ações obtidas com exclusividade pelo Midiajur, consta que a paciente N.S.B. deu entrada no hospital em 18 de dezembro de 2021 para realizar uma lipoaspiração, mamoplastia e mastopexia. Segundo a denúncia, a paciente recebeu alta cerca de 24 horas após a cirurgia e em casa começou a apresentar reações adversas e fortes dores, mesmo seguindo a medicação prescrita pelo cirurgião. Ao contatá-lo por telefone, foi informada de que os sintomas eram normais e que desapareceriam com o tempo.
Após 10 dias com dores, febre e vômitos, “N” buscou atendimento com o médico. “Não suportando mais os sintomas, a Requerente foi até o consultório, CARREGADA, para ser ouvida pelo Requerido, de modo que, somente diante da sua presença, a gravidade da situação foi notada”, relata a ação.
Exames revelaram que a paciente teve uma infecção bacteriana causada por contaminação por Escherichia coli.
“Pois bem, o objetivo da presente ação, a indenização por danos materiais e morais, reside justamente na reparação pelos danos decorrentes de uma infecção bacteriana severa, causada, pelo que se conclui, das condições do ambiente cirúrgico onde foi realizada a cirurgia e por várias outras hipóteses que confluem para o profissional, concorrendo ambos, médico e hospital de forma solidária pela reparação dos danos causados à Requerente”, solicita a ação.
O processo foi movido contra o hospital, a empresa responsável pela esterilização hospitalar e de materiais médicos, além do médico responsável.
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Em outro processo analisado pela equipe do Midiajur, A.P.F.C. também entrou com uma ação contra o hospital por danos morais e materiais após realizar uma abdominoplastia, em 18 de junho de 2021.
Nos documentos apresentados, a paciente incluiu uma nota fiscal do hospital, com valores de R$ 8.930,00 e R$ 600,00 referentes há horas extras no centro cirúrgico. No dia 29 de julho, após vários problemas na cicatrização e dores, “A.P” procurou uma Unidade de Saúde de Pronto Atendimento apresentando hipotensão, palidez, cansaço ao menor esforço, crises de desmaio e quadro febril, com indícios de inflamação. No que foi atendida por um médico que constatou que a região estava necrosada e que havia uma infecção bacteriana no local.
“No caso em apreço, restou demonstrado que a Autora adquiriu infecção após o procedimento cirúrgico estético, e que a região operada necrosou”, consta no documento.
Na última ação a qual o MidiaJur teve acesso, o Hospital figura como réu em processo movido por E.M.C.L, que alega ter sofridos danos morais e estéticos referentes a um procedimento de Abdominoplastia realizada em 2019.
“Como amplamente demonstrado, além de todo o abalo psicológico experimentado pela Autora, a mesma ainda sofreu e ainda sofre com o dano estético”, relata a ação.
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