LETICIA AVALOS
Da Redação
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), chamou de “oportunismo barato” as emendas apresentadas pelos vereadores Daniel Monteiro (Republicanos) e Jeferson Siqueira (PSD) referentes à proposta de criação do auxílio financeiro para famílias de baixa renda. As sugestões dos parlamentares tinham como objetivo aumentar o valor destinado aos beneficiários.
O Projeto de Lei nº 2/2025, votado e aprovado na sessão extraordinária desta quinta-feira (16), determina o pagamento de R$ 1 mil, em parcela única, a cada família que se encaixar nos critérios de vulnerabilidade e for afetada por adversidades climáticas, como as fortes chuvas que atingiram a capital nas últimas semanas.
A proposta foi sugerida em caráter de urgência pela própria prefeitura, que arcará com os custos, mesmo após decretar calamidade financeira no último dia 3 de janeiro.
Daniel Monteiro propôs o acréscimo de R$ 200 por criança de até 12 anos no valor do auxílio, mas a emenda foi rejeitada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e, também, no plenário. Já Jeferson Siqueira sugeriu que o montante do auxílio fosse aumentado para R$ 3 mil, a serem pagos em três parcelas, e também teve a emenda rejeitada.
Leia mais:
Prefeitura não vai mais fornecer alimentos nas ruas para vulneráveis, avisa Abilio
Abílio anuncia programa para retirar as pessoas da rua e sugere espaço para abrigá-las
Cuiabá ameaça romper contrato de R$ 85 mi com empresa da coleta de lixo
Abilio alfinetou os parlamentares sugerindo que eles tirassem dos próprios salários para ajudar a população-alvo do benefício. “Eu acho que eles podem fazer essa doação da própria conta deles. Eles têm recursos próprios, que são salários muito grandes, assim como de todos nós. Eu acho que esse trabalho voluntário qualquer um de nós pode fazer”, declarou.
O gestor fez questão de deixar claro que não se trata de um programa social fixo, mas uma medida emergencial específica para ajudar as pessoas afetadas pelas fortes chuvas, que já viviam em situação de vulnerabilidade, mas agora estão passando ainda mais dificuldade com a falta de itens básicos.
“Não é um programa de assistência social, não é um Bolsa Família. Ele é um programa emergencial para comprar itens que a prefeitura não tem condição de comprar”, disse.
Conforme explicou o prefeito, o município não tem condições de comprar itens como colchões, materiais de limpeza e cestas básicas por causa de um processo burocrático, já que é preciso uma licitação para aquisição desses produtos.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.