LETICIA AVALOS
Da Redação
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que a prefeitura não irá mais fornecer marmitas nas ruas para pessoas em situação de vulnerabilidade e defendeu que igrejas e ONGs sigam os mesmos passos. Segundo o seu argumento, ações sociais como essa contribuem para a manutenção da população de rua.
“Não quero mais continuar com esse programa de entregar marmitas nas ruas e nem quero que a sociedade faça isso. [...] porque todo tipo de facilitador para que as pessoas permaneçam na rua, prejudica todas as ações de tentarem tirá-las de lá”, declarou nesta sexta-feira (17), durante uma visita ao acampamento de moradores de rua em frente ao Terminal Rodoviário de Cuiabá.
Abilio informou que a prefeitura vai se responsabilizar em estabelecer um lugar para o fornecimento das refeições e citou o Restaurante Popular como uma opção. No entanto, o município ainda possui cerca de dois meses de contrato com uma empresa terceirizada que fornece as marmitas nas ruas. Conforme o prefeito, o acordo não será renovado.
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"Enquanto o contrato está se encerrando, a gente já prepara a ação ‘pós-fim’ do contrato. Acho que acaba em dois meses. Vamos distribuir no Restaurante [Popular] mesmo. As pessoas que quiserem se alimentar terão um local próprio para isso, onde vai ter assistente social, exames de saúde e alguns outros cuidados. Sempre visando tirar as pessoas da rua, não incentivando ficar nas ruas", disse.
Para tentar impedir que organizações sociais forneçam alimentos nas ruas, o prefeito garantiu que não tem a intenção de aplicar multas ou outras sanções, mas vai apelar para a conscientização. A sua proposta é estabelecer uma “parceria” para que as atividades solidárias aconteçam sob as novas regras municipais.
"O primeiro passo é a conscientização. A gente não quer sair aplicando multas em que está fazendo papel de solidariedade, não é nosso interesse. Vamos chamá-las [entidades], perguntar se querem oferecer esses alimentos em locais específicos e a gente pode dar suporte para que ofereçam lá. Mas orientar que não pode ser feito em via pública”, disse.
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