LETICIA AVALOS
DA REDAÇÃO
Em visita a área frequentada por moradores de rua e usuário de drogas próxima a rodoviária de Cuiabá, o prefeito Abílio Brunini (PL) apresentou ao desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, as propostas para atendimento e retirada das pessoas em situação de rua. Além da região da rodoviária, eles visitaram o Beco do Candeeiro.
"De imediato a gente vai apresentar ao Ministério Público uma proposta de ação para que a gente possa desocupar esse local. Não vamos permitir mais que continuem em lugares como esse, sendo tratados desse jeito", frisou.
Abílio afirmou que vai apresentar uma proposta de realocação das pessoas que estão vivendo nesses espaços. Um prédio que era utilizado pela Assistência Social, na Avenida das Torres, pode ser destinado para abrigar essas pessoas.
"A gente vai propor uma assitência com saúde, assistência social, apoio com psicólogos e outras áreas para a gente poder dar o suporte. Mas, não vamos aceitar mais a continuidade desse sistema sendo abastecido pelo tráfico de drogas", colocou, ao citar que a área atualmente ocupada pelos moradores de rua serão monitoradas por câmeras de segurança afim de identificar traficantes que abastecem a região com entorpecentes.
Abílio citou que levar o Poder Judiciário e o Ministério Público para essa vistoria tem o objetivo de apresentar suas propostas para atender os moradores de rua. Segundo ele, é um caso de saúde pública, pois existe insalubridade, falta de higiene, além do consumo de entorpecentes.
Porém, o gestor frisou que a proposta não é apenas atender o grupo que ali vive, mas sim de criar mecanismos para que eles retomem suas vidas, fora das ruas. "Não é uma coisa bonita morar na rua. Não podemos criar políticas para morar na rua, temos que ter políticas para sair das ruas, política de restabelecimento de vidas".
Outra proposta do prefeito é de que as pessoas em situação de rua que desejam voltar para seus estados de origem tenham as despesas bancadas pela prefeitura. "Não vamos obrigar ninguém a fazer isso. Vamos ofertar a oportunidade para aqueles que querem voltar aonde está sua família voltar e cuidar da sua saúde, da sua vida, onde está sua família. Nossa proposta é dar condições para que essas pessoas voltem para sua família, porque entre os entes queridos, pode ser que com apoio familiar, a pessoa pode sair dessa situação", explicou.
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Presente na visita, o desembargador Orlando Perri, que acompanha o sistema prisional, relatou que muitos dos detentos vieram da situação de rua e os que conseguem sair da cadeia, "voltam para onde estavam". "Temos que conhecer as causas desses problemas. Conversar com esses moradores o que os levou a situação das drogas. Temos que atacar as causas dos problemas que os levaram à situação de rua e criar um programa bastante amplo para nós possamos ter sucesso nesse programa", falou o magistrado.
Perri sugeriu que especialistas sobre os assuntos sejam ouvidos antes de ser tomada algum tipo de decisão. Inclusive, não vê com bons olhos a retirada compuslória das pessoas em situaçãom de rua.
"Entende-se que as medidas compulsórias não é possível. Até porque, este tipo de população é territorialista. A motivação para retirá-los da situação de rua é não ser compulsoriamente", pontuou.
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