LÁZARO THOR
Vereadores de Cuiabá apresentaram diversas soluções para ameaças de massacres em escolas de Cuiabá. Entre as propostas apresentadas na sessão desta terça-feira (11) estão a instalação de detectores de metais na entrada das escolas e a instalação de "botões de alerta"
"Já temos aqui no Brasil, em Santa Catarina, uma cidade que implantou detectores de metal. Parabéns para o prefeito, as crianças vão se sentir mais seguro (sic) indo para a escola, os professores e os pais vão se sentir mais seguros", afirmou o vereador Cezinha Nascimento (PSL).
O vereador Dilemário Alencar (Podemos) seguiu pelo mesmo caminho. Segundo ele, uma das soluções seria a criação do botão de alerta, que avisaria a base militar mais próxima da escola sobre eventual tentativa de ataque. Dilemário também propôs cercas elétricas (chamadas por ele de "eletrônicas") e muros mais altos nas creches.
"Eu fui em algumas creches fiscalizar e a maioria dos muros das creches são baixos", afirmou Alencar.
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A vereadora Edna Sampaio (PT), por outro lado, apresentou uma solução diferente para o problema. Na visão da petista, a violência nas escolas é resultado de um clima de animosidade e terror criado, segundo ela, no governo anterior.
"A violência na escola é resultado de uma política nefasta e desumana, de um governo que incentivou o armamento da população, de um governo que incentivou a população a não respeitar as instituições democráticas, a escola não é uma ilha onde as práticas sociais não atravessam, a escola é resultado dessas práticas", afirmou Edna.
A vereadora chamou atenção para o fato de que é preciso ouvir professores para entender as soluções da violência nas escolas.
O vereador Eduardo Magalhães (Republicanos) defendeu a existência de seguranças armados. Ele contou sua experiência pessoal, quando estudou em uma escola com seguranças no Espírito Santo.
"Qualquer um que chegasse na escola estava lá o cidadão: com colete a prova de balas e uma arma na mão", afirmou Eduardo.
O vereador também criticou "progressistas" que, segundo ele, não aceitam pessoas armadas na porta da escola. Segundo o edil, essa mentalidade seria uma "utopia" de sensação de bem-estar.
"Infelizmente contra uma pessoa armada simplesmente outra pessoa armada, o ideal é que não chegue nesse momento, mas quando chegar o que fazer? Não tem o que fazer a não ser outra pessoa armada", completou.
Soluções apresentadas por vereadores:
Botão de alerta e muros mais altos - Dilemário Alencar (Podemos)
Seguranças nas escolas - Eduardo Magalhães (Republicanos)
Detector de metais - Cezinha Nascimento (PSL)
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André 13/04/2023
Colocar 1 psicologo, 1 dentista e 1 assistente social os governantes não querem! Eles acham que 1 vigilante armado vai impedir uma tragédia? Como se o agressor fosse entrar pela porta da frente ... Não vai!
Pedro 11/04/2023
Parabéns vereadores Dilemário Alencar, Eduardo Magalhães e Cezinha Nascimento. Para ficar ainda melhor, porque vocês não propõem relocar as aulas das crianças para o presídio? Lá já tem todas esses itens de segurança que vocês sugeriram. Pela lógica de vocês, os estudantes ficariam super seguros. Além do mais, haveria economia de gastos públicos, pelo compartilhamento de estruturas penais e educacionais e assim, sobraria mais para polpudas verbas indenizatórias de vossas excelências. O texto acima contém ironia, caso não tenham entendido.
2 comentários