ANGELA JORDÃO
DA REDAÇÃO
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou a prisão preventiva de Thalita Cristina Rocha, ré por participação em uma organização criminosa que aplicava golpes contra idosos em Cuiabá. O esquema foi desbaratado pela Operação Antenados em agosto de 2024. Estima-se que o prejuízo causado às vítimas ultrapasse o valor de R$ 1,5 milhão.
O magistrado apontou que não existe motivação para manter a prisão de Thalita, destacando que outros réus na ação penal já estão em liberdade. Ao conceder a liberdade, Jean Garcia de Freitas Bezerra determinou o cumprimento de algumas medidas cautelares, entre elas e de não manter contato, seja pessoal ou por qualquer meio de comunicação eletrônica, com os demais corréus, exceto cônjuge ou parentes até o 2º grau e o comparecimento obrigatório a todos os atos do processo.
Já o líder do esquema, Fernando Silva Cruz, continua preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), e com os bens em seu nome bloqueados. Fernando era proprietário de uma empresa especializada na personalização de copos localizada na Avenida Mato Grosso, região central da Capital.
Porém, a Polícia Civil descobriu uma "atividade paralela", que vinha gerando ganhos maiores e ostentação nas redes sociais. Além dele, outras seis pessoas foram presas por participação nos golpes.
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Golpes em idosos
De acordo com a denúncia, os suspeitos abordaram 30 vítimas apenas em Cuiabá, todas idosas com idades entre 60 e 75 anos, na residência delas, simulando a entrega de antenas do programa Siga Antenado, do Governo Federal. Os criminosos obtinham documentos e fotografias das vítimas e, posteriormente, realizavam contratações fraudulentas de empréstimos consignados, com descontos nos benefícios previdenciários dos idosos.
Os investigados adquiriram bens de alto valor, como veículos valiosos, imóveis e joias com o proveito dos valores adquiridos com o estelionato. Eles também ostentavam uma vida de luxo com o patrimônio adquirido com a prática desses crimes.
A Operação Antenados buscou arrecadar os bens de alto valor agregado e os veículos utilizados pelos investigados, adquiridos com o proveito de crimes, objetivando o sequestro de bens e futura indenização das vítimas idosas e da instituição bancária que os suspeitos usaram para a contratação.
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