LETICIA AVALOS
Da Redação
Nesta terça-feira, o vice-prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PL), classificou as últimas críticas feitas pelo senador Jayme Campos (União) à sua gestão e da prefeita Flávia Moretti (PL) como sintomas de “abstinência” de poder. Segundo alegou Zaeli, os últimos prefeitos serviram apenas de fachada para que Jayme continuasse a governar o município.
“Vindo do senador [as críticas] é normal, ele está em abstinência porque perdeu a prefeitura de Cuiabá e de Várzea Grande. É uma fala muito deselegante e incoerente”, disse em coletiva de imprensa.
Na última sexta-feira (11), Jayme avaliou os primeiros 100 dias da gestão Moretti-Zaeli como “uma verdadeira catástrofe”. “Não sei onde vai parar, mas estou torcendo para dar certo. Infelizmente, o que estou percebendo agora é que a coisa está meio desarrumada”, comentou em certo momento.
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Zaeli relembrou que nas últimas eleições municipais, tanto o deputado estadual Eduardo Botelho (União) como o prefeito Kalil Baracat (MDB), ambos apoiados por Jayme, perderam as disputas pelas prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande para candidatos do PL, e alertou que Jayme precisa “se preocupar com as próximas eleições” de 2026, quando planeja disputar o Governo do Estado.
“[...] buscar o espaço dele, porque não vai ser um pleito fácil pra ele. Ele sempre vence nos bastidores, mas dessa vez eu acho que não. Nós precisamos entender que a eleição passou e ele como político importante no Mato Grosso, senador da República pelo segundo mandato: pula pra dentro! Vem ajudar a Flávia porque as mazelas de Várzea Grande tem a sua digital”, disparou.
A incoerência mencionada por Zaeli no início do texto deriva do fato de que vereadores do União Brasil atualmente participam da base do governo. Para o vice, o senador precisa se alinhar melhor com o próprio partido. “Ele faz a crítica e o partido dele participa da gestão, é muito cômodo participar e jogar pedra”, ponderou.
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