O governador Mauro Mendes (DEM) descartou, nesta segunda-feira (17), o afastamento do líder do Governo na Assembleia, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), alvo da 3ª fase da Operação Rota Final.
A ação aponta que Dilmar teria recebido R$ 512 mil em propina da empresa Verde Transportes, entre os anos de 2014 e 2017, para embaraçar a licitação do transporte intermunicipal em Mato Grosso.
Ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão em sua residência na última sexta-feira (14).
“Eu vejo com muita naturalidade isso [a Operação]. Eu não posso tomar uma decisão só em função de uma investigação. Eu já fui investigado e depois de três anos fui inocentado completamente. Então, não vou cometer injustiça com ninguém”, disse Mendes durante entrega da reforma de uma escola em Várzea Grande.
“Só o fato de ser investigado não é elemento para afastar alguém de uma liderança. Por enquanto, nós vamos acompanhar todas as investigações”, acrescentou.
Mendes afirmou que é dever do Ministério Público investigar quem quer que seja, desde que tenha fundamento e, depois, com evidências fazer algum tipo de denúncia.
“Dou parabéns ao Ministério Público. A Polícia faz o seu papel, o Gaeco, todos, porque têm que investigar com seriedade, com responsabilidade. Isso eu sempre defendi e continuo defendendo”, pontuou.
A operação
A operação também cumpriu um mandado de prisão contra o empresário Eder Pinheiro, dono da Verde Tranportes e apontado como líder do esquema. Ele não foi encontrado e é considerado foragido.
Também foi cumprido mandado de medidas cautelares contra o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros de Mato Grosso (Setromat), Júlio Cesar de Sales Lima, e de busca e apreensão na casa do ex-deputado estadual Pedro Satélite e da assessora parlamentar Cristiane Cordeiro.
Foi cumprida, ainda, ordem de sequestro judicial de bens dos investigados até o montante de R$ 86 milhões.
O montante abrange vários imóveis, dois aviões, vários veículos de luxo, bloqueio de contas bancárias e outros bens necessários ao ressarcimento do prejuízo acarretado pela prática dos crimes.
A investigação, iniciada na Polícia Civil, foi encaminhada Gaeco em meados de 2019.
O inquérito policial possui 47 volumes de elementos de informações. Mais de 20 pessoas são investigadas.
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