CÍNTIA BORGES E THAÍZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO
O empresário Eder Pinheiro, da Verde Transporte, que teve mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça, na Operação Rota Final, não foi localizado pelos agentes do Gaeco, na manhã desta sexta-feira (14).
Segundo apurou a reportagem, ele não foi localizado em seus endereços. De acordo com sua defesa, ele estaria em viagem.
O advogado Ricardo Monteiro, que atua para o empresário, disse que, assim que retornar a Mato Grosso, ele irá se apresentar às autoridades.
A operação apura crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso (STCRIP-MT).
A Rota Final foi deflagrada por agentes do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
A ação também cumpre um mandado de imposição de medidas cautelares contra Julio Cesar de Sales Lima, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros do Estado de Mato Grosso, que irá usar tornozeleira eletrônica.
Os mandados judiciais foram expedidos pelo desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça.
Também são alvos da operação o deputado estadual Dilmar Dal'Bosco (DEM) e o suplente Pedro Satélite (PSD). Ainda foi cumprido mandados de desfavor de uma assessora parlamentar, suspeita de envolvimento no esquema.
Nova prisão
Esta não é a primeira vez que Pinheiro é alvo de mandado de prisão. Em 2018, ele foi preso na 1ª fase Operação Rota Final.
Segundo o Ministério Público Estadual, ele é um dos líderes do esquema composto por empresários do segmento de transporte de passageiros que teriam se unido a agentes públicos para impedir o sucesso da licitação no transporte intermunicipal de Mato Grosso, causando prejuízos ao Estado e aos consumidores.
Em dezembro do ano passado, o MPE ingressou com uma ação civil pública contra Pinheiro, o empresário Júlio Cesar Sales Lima, o ex-procurador do Estado Francisco de Lima Andrade Filho e o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros do Estado de Mato Grosso, pedindo que eles devolvam R$ 161.294.235,35 aos cofres públicos.
O montante, segundo o MPE, é para reparar o dano causado à sociedade pela ações do grupo, que teria atuado para retardar a licitação do transporte intermunicipal do Estado.
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