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MEIO AMBIENTE Segunda-feira, 12 de Novembro de 2018, 08:10 - A | A

12 de Novembro de 2018, 08h:10 - A | A

MEIO AMBIENTE / PROPINA DA JBS

STJ mandar soltar deputado eleito de MT acusado de esquema

Neri Geller foi preso durante deflagração da Operação Capitu pela PF, após delação premiada

DA REDAÇÃO



O Superior Tribunal de Justiça determinou a soltura do ex-ministro da Agricultura e deputado federal eleito, Neri Geller (PP), que estava preso desde a sexta-feira (9).

Ele é acusado de participar de um esquema criminoso de proteção aos interesses do grupo JBS, no Governo Federal, em troca de propina.

A decisão, deste domingo (11), é do ministro Nefi Cordeiro, que acatou os argumentos da defesa de Geller e concedeu o habeas corpus.

“Concedida a medida liminar de Neri Geller para a soltura do paciente”, consta no sistema de acompanhamento processual. A íntegra da decisão não foi disponibilizada.

O habeas corpus havia sido impetrado pelo advogado Ricardo Monteiro no sábado (10).

Ele conversou com a reportagem neste domingo. Segundo o advogado,  até o final da tarde ainda não havia a informação sobre quando a liminar será cumprida.

Ricardo Monteiro - Marisol

O advogado Ricardo Monteiro, que entrou com pedido de habeas corpus

Neri Geller é um dos alvos da Operação Capitu, da Polícia Federal.

Além dele, foram presos o advogado cuiabano Rodrigo Figueiredo, ex-secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, além do empresário Joesley Batista, do Grupo JBS.  

Ao todo, a desembargadora Monica Sinfuentes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, decretou a prisão de 19 pessoas.

A Operação Capitu foi desencadeada porque a Polícia Federal detectou omissões e contradições em depoimentos de executivos do Grupo JBS, que firmaram acordo de colaboração premiada.

Geller e Figueiredo foram acusados de receber R$ 450 mil de propina da JBS na época em que estavam no Ministério, em troca de atos de ofício que beneficiassem a JBS.

O dinheiro teria sido dado em troca da elaboração de atos de ofício que proporcionariam ao grupo empresarial a eliminação da concorrência e a formação de monopólio no mercado de proteína animal.

A informação consta no pedido de prisão feito pela Polícia Federal ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

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