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MEIO AMBIENTE Domingo, 16 de Outubro de 2022, 17:07 - A | A

16 de Outubro de 2022, 17h:07 - A | A

MEIO AMBIENTE / AMAZÔNIA EM MT

Indianos e condenado por madeira ilegal: os interesses da mineração no Cristalino II

Área de conservação está em risco depois que o Tribunal de Justiça anulou decreto de criação

MIKHAIL FAVALESSA E LÁZARO THOR
Da Redação



Empresários indianos sediados na Inglaterra e na Índia, e um brasileiro condenado por crimes ambientais, estão entre as ligações societárias da empresa responsável pelos pedidos mais recentes de mineração dentro do Parque Estadual Cristalino II.

A empresa é a MDB do Brasil Importadora e Exportadora Ltda, com sedes em Macapá (AP) e Porto Alegre (RS). Foram feitos três requerimentos para pesquisar manganês, ouro, cromo, cobre e um minério valioso chamado de "terras raras". Este último é utilizado para produção supercondutores e outras aplicações tecnológicas, e é considerado escasso em todo o mundo.

A MDB do Brasil tem como sócios Antonio Carlos Fleck Macedo e Mário Vicente Araújo de Boni, este último o responsável pelos três pedidos de mineração dentro do Cristalino II.

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As ligações internacionais se dão a partir da participação de Mário Vicente em duas holdings: a Van Houdt Brasil e Participações AZX Brasil, em Florianópolis (SC), e a Vand Houdt Holdings LLC, dos Estados Unidos.

A holding sediada em Santa Catarina tem como sócio Érico Souza Rossi, condenado a seis anos de prisão, em 2021, por comércio ilegal de madeiras nobres. Segundo o Ministério Público Federal, o empresário fraudou Documentos de Origem Florestal (DOF) para vender mais de 4 mil metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente no Amapá.

A Justiça Federal também condenou Érico Rossi ao pagamento de R$ 834,7 mil para reparação de danos ambientais identificados na Operação Lacuna. A defesa do empresário ainda recorre no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) contra a sentença.

Érico é sócio de três empresas com parceiros indianos e um brasileiro: Ashoo Ashok Khemka, Gagan Ashok Khemka, Surtej Singh Janjua e Vladimir Fernandes Menezes. Dos estrangeiros, Surtej tem residência fixada na Inglaterra, enquanto Gagan e Ashoo têm endereços na Índia.

Os cinco estão vinculados a Amplus Mineração Ltda, Cupixiferros Mineração Ltda e Quantum Mineração Ltda, todas com sede em Macapá e com a situação considerada "inapta" junto à Receita Federal.

Veja aqui as vinculações das empresas

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Arcilio Barros 16/10/2022

Bom trabalho jornalístico. Cristalino sendo devastado por mera ambição, é final dos tempos.

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1 comentários

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