ALLAN PEREIRA
Da Redação
O lobista Rowles Magalhães Pereira da Silva e o ex-secretário Nilton Borges Borgato foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), nesta quarta (18), por suposta prática de formação de quadrilha e tráfico internacional de drogas.
Além da dupla, a doleira Nelma Kodama, que chegou a ser condenada pelas ações penais no âmbito da Operação Lava Jato, também foi denunciada com Rowles, Borgato e mais 13 pessoas.
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Todos os 16 investigados foram presos durante a deflagração da Operação Descobrimento, cumpridos pela Polícia Federal, no início de abril deste ano.
A investigação teve início à partir da apreensão de mais de 500 kg de cocaína no Aeroporto Internacional de Salvador (BA), em fevereiro de 2021. O avião que transportava a droga era ligado a Rowles e teria Portugal como destino.
Na denúncia apresentada a 2ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal de Bahia, o MPF aponta que, entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021, Rowles, Borgato, Kodama e os demais integrantes da suposta organização transportaram 685,19 kg de cocaína na fuselagem de uma aeronave com destino a Portugal.
Os crimes teriam ocorrido nas cidades de Salvador (Bahia), Jundiaí (São Paulo, Lisboa (capital de Portugal) e Cuiabá (Mato Grosso).
O Ministério destaca também que Rowles teria, junto com outros dois integrantes, feito a remessa irregular de 145 mil em euros do Brasil para o exterior.
Também aponta que o lobista tentou ocultar a natureza da movimentação de mais de R$ 1,6 milhão na compra de um apartamento de luxo no Edifício Royal President, localizado no bairro Quilombo, em Cuiabá.
MPF pediu também a perda de bens de todos os réus, com a aplicação de indenização por danos morais, no valor de R$ 139,5 milhões.
A indenização por danos morais se dá, segundo o MPF, em razão do prejuízo causado à imagem do Brasil com a atuação da organização de enviar cocaína a Portugal para aeroportos brasieliros.
A denúncia pede ainda o sequestro de bens de alguns dos réus.
O pedido de sequestro atinge, por exemplo, um Toyota Hilux, um Honda Civic em nome do ex-secretário Borgato, além de R$ 29,3 mil, quatro mil dólares em espécie do mesmo e diamantes encontrados em seu apartamento.
Se a 2ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal de Bahia aceitar a denúncia, todos os investigados passam a ser réus na ação criminal movida pelo MPF.
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