LETICIA AVALOS
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (União) não vê a sugestão do presidente Lula (PT) para os Estados isentarem o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos alimentos como forma de controlar a inflação no setor. Segundo ele, em Mato Grosso a maior parte dos itens da cesta básica são "isentos ou tem percentual extremamente baixos"
"O que está causando a inflação não é isso. se eu reduzir 1%, não é isso que vai mudar o valor dos alimentos em mato grosso. hoje, os alimentos estão caro no brasil é porque os juros estão altos, o dólar está caro", analisou.
Para Mauro Mendes, a "receita" para controlar a inflação passa pela União controlar os gastos públicos. O excesso de gastos tem gerado um efeito cascata que tem impactado no preço de itens básicos, como combustível e alimentos.
"O Governo Federal, infelizmente, não é de agora é de muitos anos, vem tendo déficit primário, ou seja, gasta mais do que arrecada. Aí os juros sobem, a dívida cresce, o desequilíbrio fiscal está chegando na conta do cidadão brasileiro, na porta da casa dele", pontuou.
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Mauro lembrou que enfrentou uma situação semelhante em 2019, quando assumiu o Palácio Paiaguás, e decidiu por controlar as contas públicas, equilibrando as receitas e despesas do Estado. Ele destacou que, no início, enfrentou protestos, chegando a ser vaiado em eventos públicos por servidores e até produtores.
"Tivemos vários problemas no início. Mas, hoje temos um Estado equilibrado, que paga suas contas em dia, que não pega dinheiro emprestado para ficar pagando juros de dívida, ou a própria dívida", assinalou, destacando os resultados que as medidas implementadas têm causado.
"Hoje, pegamos dinheiro para fazer investimento, somos o estado brasileiro que mais investe no Brasil. Estamos no 4º ano consecutivo investindo próximo de 20% (da arrecadação). Então, é essa a lição que eu devolvo ao Governo Federal, temos que cuidar das contas públicas, porque se o Governo Federal tivesse feito isso, não precisaria estar fazendo esse tipo de coisa que, ao meu ver, não vai resolver", complementou.
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