Grupo alega covid, guerra, quebras na safra e tem recuperação judicial acatada pela Justiça

Grupo Cavagnolli arrenda três fazendas em Novo São Jaoquim

ANGELA JORDÃO
DA REDAÇÃO

A Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial do Grupo Cavagnolli, que atua no plantio de soja, milho, arroz e sorgo no município de Nova São Joaquim (MT). O valor da recuperação é de R$ 10.900.780,28. A decisão é do juiz Renan Carlos Leão Pereira do Nascimento, da Vara Regionalizada da Recuperação Judicial e Falência de Rondonópolis.

O grupo, que arrenda três fazendas, com total de 740 hectares em Novo São Joaquim, aponta uma série de fatores para terem chegado à situação de inadimplência, entre eles investimentos nas fazendas quando chegou a Mato Grosso em 2018, como aquisição de maquinários de alto valor (tratores, colheitadeiras, entre outros), ferramentas e insumos.

Também são citadas dificuldades na comercialização da produção causadas pela pandemia da Covid-19 e a guerra na Ucrânia (que completa três anos em 22 de fevereiro); problemas com seguradoras que não pagaram os seguros agrícolas e quebras nas safras provocadas, especialmente, por estiagem.

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Mas, os sócios explicam que o grupo possui “plena capacidade de manter-se no mercado, contribuindo com a sociedade de Mato Grosso, com recolhimento de impostos, oferta de emprego e inserindo capital na sociedade”.

Entre os principais credores do grupo estão instituições financeiras, como Banco do Brasil, empresas agropecuárias e empresas e autopeças.

A ação determina que os credores sejam informados e têm 15 dias para apresentação de habilitações e divergências a serem entregues/protocoladas à administração judicial, bem como o prazo de 30 dias para proporem objeção ao plano de recuperação judicial, a partir da publicação do edital.

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