ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Investigações da Polícia Federal levaram os agentes a descobrir que, para além do tráfico internacional de drogas, o ex-secretário Nilton Borges Borgato e o lobista Rowles Magalhães Pereira da Silva também comercializaram insumos e equipamentos hospitalares para tratamento de pacientes com covid-19 (a doença causada pelo coronavírus).
Os dois foram presos de forma preventiva pela PF no âmbito da Operação Descobrimento, deflagrada na última segunda (18), que busca apurar envio de cocaína para Portugal.
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As informações de que Borgato e Rowles venderam maquinários para tratamento da covid-19 consta em decisão judicial do juiz da 2ª Vara Federal Criminal da Bahia, Fábio Roque da Silva Araújo Justiça Federal.
A ação corre em segredo de justiça, mas que o Midia Jur obteve acesso ao documento.
Entre os insumos vendidos pelo grupo, estariam respirados, máscaras e testes.
Junto com mais duas pessoas, Borgato seria sócio com Rowles em diversos negócios, como o comércio de produtos da pandemia da covid-19 e da aquisição de uma empresa de jatos executivo portuguesa chamada Omni.
Após interceptações telefônicas e quebra do sigilo dos aparelhos celulares, a PF conclui que são fortes os indícios de que o ex-secretário esteja diretamente envolvido no tráfico internacional de drogas.
Borgato teria o apelido de “Índio” dentro da suposta organização criminosa e faz parte do primeiro escalão, isto é, aqueles que organizavam os supostos voos internacionais para o transporte da droga, segundo investigações da Polícia Federal.
De acordo com a PF, Borgato seria o suposto “responsável pela aquisição da droga junto ao fornecedor, e introdução da mercadoria na Europa”.
A investigação teve início à partir da apreensão de mais de 500 kg de cocaína no Aeroporto Internacional de Salvador (BA), em fevereiro de 2021. O avião que transportava a droga era ligado a Rowles e teria Portugal como destino.
Borgatto assumiu a Secretaria de Ciências e Tecnologia e Inovação de Mato Grosso (Seciteci) em janeiro de 2019, mas deixou a pasta em de 31 de março para ser candidato a deputado federal nas eleições de outubro.
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