ANGELA JORDÃO
Da Redação
A juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, voltou a negar a revogação da prisão preventiva do tesoureiro do Comando Vermelho, Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como WT. No final de janeiro, a juíza já havia negado pedido da defesa de WT. para revogar a prisão. Ele foi preso em abril de 2024, durante a Operação Apito Final. A decisão é dessa terça-feira (11).
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) deu parecer de que persistem os motivos da prisão preventiva, posição acatada pela magistrada. A juíza disse que estão mantidos os argumentos expostos no último mês de janeiro para a manutenção da prisão.
Alethea Assunção Santos destacou que, enquanto cumpria regime de semiaberto, por condenação anterior, WT foi preso na cidade e Maceió (AL), curtindo as festas de final do ano, enquanto sua tornozeleira eletrônica indicava que ele permanecia em Cuiabá. “Dessa forma, resta demonstrado que outras medidas cautelares não seriam suficientes para garantir a ordem pública, visto que, mesmo diante de condenações já impostas, da existência de ações penais em curso e do evento citado, a prisão preventiva se revela a única medida adequada e proporcional ao caso”.
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Na mesma ação, é solicitada a retirada a tornozeleira eletrônicas de alvos da Operação Apito Final, sendo eles Cristiane Patrícia Rosa Prins, Thassiana Cristina De Oliveira, Alex Junior Santos de Alencar, Cletyton Cesar Ferreira De Arruda, Fabiana Maria Cerqueira Dos Santos e Mayara Bruno Soares Trombim.
A juíza deferiu a recomendação do Ministério Público e determinou que a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SESP/MT) encaminhe à Justiça o relatório detalhado de monitoramento dos citados, desde a data de instalação dos respectivos dispositivos, para análise.
A Operação Apito Final foi deflagrada no dia 02 de abril de 2024, com a finalidade de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro, criado por integrantes de uma organização criminosa em Cuiabá. Foram cumpridos 25 mandados de prisão e 29 de buscas e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias dos alvos investigados.
Quatro alvos foram presos em Maceió, capital do estado de Alagoas, entre eles o líder da associação criminosa, Paulo Witer Farias Paelo (WT), além Alex Júnior Santos de Alencar, Andrew Nickolas Marques dos Santos e Tayrone Junior Fernandes de Souza.
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