ANGELA JORDÃO
Da Redação
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal da Cuiabá, negou revogar a prisão preventiva de Fernando Silva da Cruz, empresário acusado de liderar uma organização criminosa que aplicava golpes contra idosos em Cuiabá. Fernando é réu pela prática de furto qualificado mediante fraude, organização criminosa e lavagem de capitais.
Fernando está detido na Penitenciária Central do Estado (PCE) desde agosto de 2024, quando foi deflagrada, pela Polícia Civil, a Operação Antenados. Em fevereiro ele tentou desbloquear os bens, bloqueados desde que foi preso, mas o pedido também foi negado pela Justiça.
Ao pedir a conversão da prisão preventiva em domiciliar, defesa do empresário alega que ele é réu primário, possui bons antecedentes, que os crimes imputados não envolvem violência ou grave ameaça, e que já houve bloqueio patrimonial de seus bens. Também argumenta necessidade familiar, apontando que ele é responsável por dois filhos menores, sendo um deles portador de deficiência, por isso requer a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.
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Ministério Público se manifestou contrário a revogação da prisão preventiva.
O juiz disse entender que permanecem presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva, notadamente a garantia da ordem pública. “A gravidade concreta dos crimes imputados ao requerente, evidenciada pelo modus operandi da organização criminosa, pela sofisticação das fraudes praticadas e pelo elevado número de vítimas, demonstra a periculosidade do agente e a necessidade de sua segregação cautelar para garantir a ordem pública e evitar a reiteração delitiva”.
“Os elementos dos autos demonstram que os fatos criminosos continuaram a ser praticados até o ano de 2024, confirmando a necessidade da prisão preventiva como única forma de interromper a atuação da organização criminosa”, aponta o juiz.
Jean Garcia de Freitas Bezerra magistrado também destacou que está amplamente demonstrada, com prova da materialidade dos crimes e indícios suficientes da autoria dos crimes de que Fernando da Silva Cruz é Fernando Cruz, dono da empresa Líder Copos, é apontado como principal operador de um esquema que aplicou golpes de mais de R$ 1,5 milhão em 30 aposentados em Cuiabá. acusado.
Operação Antenados
Fernando Cruz, dono da empresa Líder Copos, é apontado como principal operador de um esquema que aplicou golpes de mais de R$ 1,5 milhão em 30 aposentados em Cuiabá.
A quadrilha usava um programa do Governo Federal, denominado Siga Antenado, para irem as casas dos idosos e obterem seus dados. Com documentos e fotos das vítimas em mãos, eles contraíam empréstimos bancários em nome das vítimas, que, além de 'não ver a cor do dinheiro', tinham parte de suas aposentadorias descontadas para pagar a dívida contraída pelos golpistas.
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