MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O desembargador Luiz Ferreira da Silva revogou, nesta sexta-feira (26), o afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Pela decisão, a medida foi substituida por uma proibição de manter contato com outros três denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) na Operação Capistrum.
Leia mais:
Presidente do STJ revoga primeiro afastamento de Emanuel
TJ proíbe primeira-dama de ir à Prefeitura e a secretaria
Entre os denunciados, o magistrado destacou que a proibição não vale para a primeira-dama, Márcia Pinheiro, por razões óbvias.
Luiz Ferreira reiterou com relação ao afastamento que "a medida foi necessária para a colheita de provas provenientes das medidas cautelares que foram deferidas com o objetivo de subsidiar o Ministério Público para formar a sua opinio delicti e ofertar a denúncia, sem a interferência e influência política do agravante e dos demais coinvestigados".
"Todavia, conforme acima foi noticiado, as diligências de apreensão dos documentos e equipamentos necessários para a colheita da prova para subsidiar o Ministério Público já foram concluídas; e, como dito anteriormente, a denpuncia foi ofertada pelo Ministério Público, demonstrando, destarte, que o primeiro objetido da cautelar de afastamento do investigado do cargo de Prefeito de Cuiabá foi alcançado, não sendo demaiks consignar que a matéria de fundo quanto a prova da autoria delitiva dos crimes pelos quais o agravante foi denunciado e apontado como um dos chefes da organização criminosa, juntamente com a Primeira Dama, deverá ser objeto de análise durante a instrução criminal que ainda está em seu nascedouro", disse o magistrado.
Emanuel, Márcia, o chefe de Gabinete, Antônio Monreal Neto, a secretária-adjunta Ivone de Souza e o ex-coordenador de Gestão de Pessoas Ricardo Aparecido Ribeiro foram denunciados pelo MPE por organização criminosa e outros crimes contra a administração pública.
Na Capistrum, o MPE investiga um esquema montado para realização de contratações temporárias ilegais na Saúde e pagamento irregular do Prêmio Saúde como forma de manter apoio político a Emanuel, em especial na Câmara de Cuiabá.
O magistrado destacou que 257 servidores foram exonerados, sendo que restam apenas duas mulheres dos 259 contratos temporários apontados pelo MPE, e elas estão grávidas, não podendo ser demitidas.
Novas contratações temporárias deverão ser devidamente justificadas pelo interesse público, de maneira excepcional, pontuou.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.