DA REDAÇÃO
A Corregedoria Nacional de Justiça instaurou, nesta quarta-feira (10), reclamação disciplinar contra o juiz Wladymir Perri, titular da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, por suposta conduta temerária e recorrente na condução de processos sob sua responsabilidade. A irregularidade foi constatada durante inspeção ordinária realizada no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, de 18 a 20 de março.
Em visita à unidade, a equipe de inspeção da Corregedoria Nacional de Justiça apurou diversas irregularidades, também constatadas na correição ordinária realizada pela Corregedoria-Geral de Justiça local. Na Vara, foram identificadas inúmeras remarcações injustificadas de audiências, o que ocasionou a paralisação de processos.
A inspeção constatou ainda que o descontrole das audiências tem acarretado demora na conclusão da instrução das ações penais que tramitam na unidade e versam sobre crimes extremamente graves, inclusive dolosos contra a vida.
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Conforme apurou a equipe da corregedoria nacional, o número de processos parados segue elevado, o que sugere o descumprimento da determinação da Corregedoria-Geral de Justiça. Cita, a título de exemplo, que foram encontrados 161 processos conclusos na unidade há mais de 100 dias, o que representa 31% do acervo ajustado que era de 515 processos.
Voz de prisão
Citado na decisão relata-se, ainda, caso em que o magistrado já responde a reclamação disciplinar instaurada pela Corregedoria Nacional de Justiça por, em audiência, ter dado voz de prisão à mãe de uma vítima que se manifestou contra o acusado de assassinar seu filho.
Na decisão, de outubro do ano passado, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, citou que não foram observadas as determinações do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, regulamentado pela Resolução CNJ n. 492/2023. O corregedor frisa que Perri não teria zelado pela integridade psicológica da mulher “que também é vítima, ao menos indireta, do crime, pois é mãe da pessoa falecida”.
Em referência à norma aprovada pelo Plenário do Conselho Nacional de Justiça em março, a decisão ressalta que, ao julgar com perspectiva de gênero, juízes e juízas atuam na contenção de danos e “promovem a interrupção de atos involucrados em vocabulários e/ou linguagens ofensivas, desqualificadoras e estereotipadas, sejam estas proferidas no curso de uma audiência ou formatadas em peças processuais, tudo mediante termo nos autos, para substanciar a análise sob tal perspectiva, conforme compromissos assumidos pelo Brasil na ambiência internacional”.
(Com assessoria)
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LIANE NEVES 15/04/2024
Uma vergonha o judiciário de nosso país, onde juízes e magistrados se valem dos cargos que exercem e exalam \"excesso\" de poder!! Esse em particular tem que ser cassado mesmo.
Edimar 13/04/2024
Enquanto isso, a mesma justiça solta o bom menino que foi preso com 420 kg de drogas. Isso mesmo, não é 430 grama, e sim 420 kg.... Continue mijando no cachorro amigo poste...
Evaldo Rui Franco 13/04/2024
Esse juizeco tem cara de quem precisa ser internado para tratamento. Deve ser discípulo da mesma seita satânica dos urubus do Sistema Todos Fajutos, onde Dr. Evil, Valdemort ou Lex Luthor, se acha.
Eurípedes Sebastião vieira 13/04/2024
O câncer desse país está no judiciário,tem que fazer uma reforma total e prender muitas pessoas ligadas ao poder de delegados a altos cargos
OXIURANOS 12/04/2024
RACINHA ORDINÁRIA!!! SALVO RARAS EXCESSOES,SE CREEM DEUSES. SÃO, SIM, DICIPULOS DO PODER MAIS IMORAL, E ORDINÁRIO DO BRASIL, A CUSTOS EXTORSIVOS E IMORAIS PRESTANDO SERVICO DE 5° CATEGORIA!!
Laércio 12/04/2024
A mãe da vítima fatal disse a verdade, Jesus é o justo e implacável juiz que vai julgar toda a humanidade. Acho que isso reacendeu um \"Complexo de Herodes\" no magistrado.
José 11/04/2024
Tem que ser cassado mesmo e expulso da magistratura.
7 comentários