ARIELLY BARTH
DA REDAÇÃO
Edgar Ricardo de Oliveira, autor da "chacina de Sinop" ocorrida em fevereiro de 2023, afirmou que havia consumido drogas momentos antes do crime. A revelação ocorreu em depoimento do réu no júri popular que ocorre nesta terça-feira (15).
Ele declarou que só recobrou a consciência após fugir do local e jogar a pistola no rio. No entanto, alegou que "ninguém morre de graça".
O réu alegou que teria dito a Ezequias Souza Ribeiro - outro autor da chacina, mas que morreu durante sua caçada - que não queria mais jogar devido às importunações dos demais presentes. Porém, o parceiro de jogo lhe convenceu a ficar e ofereceu um pino de cocaína, que a princípio teria negado.
“Aí ele disse: cheira lá, pra você dar uma clareada na mente. Me deu o pino e eu entrei no banheiro. Depois que eu cheirei aquela cocaína parece que o mundo já tinha parado, eu só conseguia ouvir as vozes em volta, as ‘sugestas’ [...] .Quando eu vim cair em mim eu tava em sítio la gleba Mercedes e já tinha até jogado minha pistola dentro do rio”, contou o réu.
Quando questionado pelo promotor do caso, Edgar afirmou que "ninguém morre de graça". O magistrado, então, indagou se isso se aplicava até mesmo à menor Larissa, a quem o réu se referiu como vítima de um tiro acidental.
“Não a Larissa foi um tiro acidental, [...] eu não consigo fechar o olho esquerdo para efetuar um disparo com precisão na mão direita, eu tinha que ter passado para a esquerda. Eu não mirei a Larissa em momento algum. Foi um tiro acidental”, afirmou Edgar.
“Foi no ápice da explosão, quando eu vi já tinha acontecido”, declarou o réu a respeito das mortes.
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JÚRI
O Tribunal do Júri que julga Edgar Ricardo de Oliveira, apontado como um dos autores da "Chacina de Sinop", ocorre nesta terça-feira (15).
O réu, que se encontra preso na Penitenciária Central de Mato Grosso (PCE), em Cuiabá, participa da sessão por videoconferência, optando por não comparecer pessoalmente. Sua defesa é realizada pela Defensoria Pública Estadual.
O crime, ocorrido em 2023, resultou na morte de sete pessoas, incluindo uma adolescente de 12 anos. Embora não haja previsão exata para a duração do julgamento, existe a possibilidade de que se estenda até a madrugada.
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Thânya Mendes 15/10/2024
O Heitor tirou as palavras de minha boca. Muito conveniente dizer que estava drogado, e não se lembrar de nada. Mas lembrou que detalhes interessante. E outra, é fácil dizer que o outro deu um pino de droga, ele não está aqui para afirmar ou desmentir. E se ele não estivesse mirado na menor, então pq o tiro pegou em cheio nela? Pq atirou do lado dela e dp voltou para atirar em mais pessoas?
Heitor 15/10/2024
contraditório não? só foi voltar a si na gleba, mas lembra o detalhe de olho esquerdo.. mão direita arrependimento? o \"ninguém morre de graça\" responde. não sabia p que estava fazendo mas lembrou de jogar a rma fora...
2 comentários