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VARIEDADES Quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2025, 07:55 - A | A

20 de Fevereiro de 2025, 07h:55 - A | A

VARIEDADES / PEDIDO DE CLEMÊNCIA

Em carta, Flordelis relata AVC, desmaio e crises convulsivas

O GLOBO



Condenada a 50 anos de prisão pelo assassinato do marido, a pastora e ex-deputada Flordelis, de 64 anos, divulgou em suas redes sociais, na noite desta quarta-feira, uma carta pedindo ajuda por conta de supostos problemas de saúde enfrentados na cadeia. Ela cumpre pena há quatro anos na Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, e afirma estar lutando contra a morte devido a uma série de complicações médicas.

No texto, Flordelis relata que sofre de síndrome do pânico, fobia social e depressão, além de ter apresentado crises convulsivas, AVC, problema cardíaco grave, insuficiência renal, princípio de infarto, amnésia total e incontinência. “Estou me urinando toda”, desabafou. A carta, endereçada ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, foi anexada ao seu processo de execução penal.

Os advogados já tentaram usar problemas de saúde da pastora para conseguir o benefício da prisão domiciliar humanitária, concedido geralmente a idosos com mais de 80 anos ou detentos com quadro clínico grave. Em São Paulo, o ex-médico Roger Abdelmassih, de 80 anos, condenado a 181 anos por estupros, tenta sem sucesso obter o mesmo benefício há cinco anos.

O advogado Renato Loureiro, que assina o requerimento pedindo que Flordelis seja tratada fora da prisão, sustenta que sua situação é crítica. “Flordelis está morrendo na prisão. Precisa sair urgentemente para se tratar com médicos particulares”, afirmou ao blog.

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Flordelis é condenada a 50 anos por matar marido

Na carta, Flordelis conta ter sofrido uma queda dentro da penitenciária, que resultou em fraturas na cabeça, no rosto e na quebra de parte dos dentes. “Tenho dificuldade para comer porque não consigo mastigar”, escreveu. No texto, ela também reafirma sua inocência: “Preciso de ajuda. Estou presa por um crime que não cometi, mas hoje necessito de auxílio para algo que é um direito de todo ser humano: a saúde”.

Flordelis também menciona que, há 30 anos, sofreu uma amnésia total, mas nunca recebeu tratamento adequado porque seu marido, o pastor Anderson do Carmo, acreditava que poderia cuidar dela sozinho. Durante o julgamento, ela tentou usar os lapsos de memória para sensibilizar os jurados e evitar a condenação.

Dentro da prisão, Flordelis afirma ter perdido contato com sua família biológica. “Atualmente, minha irmã mais velha, dona Laudicéia, me visita sempre que pode. Foi através dela que soube que já tive algumas internações em um hospital psiquiátrico no Centro do Rio”, narrou. Ela diz que se tornou dependente de medicamentos, mas encontrou alívio na música e em trabalhos missionários dentro do presídio.

“Quando cheguei à penitenciária, fui diagnosticada com síndrome do pânico, fobia social, depressão e crises convulsivas. Passei dez dias no isolamento e só fui retirada porque desmaiei. Não sei por quanto tempo fiquei desacordada. Quando acordei, estava sozinha, com a testa sangrando, e precisei me arrastar até a cama. Quando a guarda fez a conferência, viu o ferimento e me encaminhou ao ambulatório. Fui atendida por uma médica chamada Patrícia — não me recordo do sobrenome. Foi ela quem me retirou do isolamento e me transferiu para a cela das grávidas, que cuidavam de mim, assim como eu cuidava delas”, disse a ex-deputada.

Flordelis sustenta ainda que precisa realizar com urgência três exames médicos essenciais: holter, ultrassonografia total do abdômen e raio-X da cabeça e do rosto. O holter é necessário devido a um grave problema cardíaco, mas, segundo ela, ainda não foi realizado, apesar da recomendação médica. A ultrassonografia total do abdômen é outro exame que aguarda há meses sem sucesso, sendo essencial para investigar suas queixas de náuseas e outros sintomas. Além disso, ela ressalta que, mesmo após sofrer uma queda grave, não foi submetida a um raio-X da cabeça e do rosto, exame fundamental para avaliar possíveis fraturas ou lesões mais sérias.

No texto, a pastora também afirma que ouve vozes e vê vultos, e que tece crochê para tentar se distrair dessas assombrações.

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