Médica aponta tipo de bebida que é um “veneno para a longevidade”

METRÓPOLES

A fim de adicionar alguns anos à própria vida, vale consumir determinadas frutas, vegetais e suplementos. Para ajudar na longevidade, o “movimento” oposto também deve ser feito, ou seja, algumas opções precisam ser eliminadas das refeições. A médica Elodia Ávila aconselha cortar a ingestão de um tipo de bebida.

“É importante saber que se o objetivo é viver mais e melhor, cada escolha conta”, pondera a especialista em entrevista à coluna Claudia Meireles. Na avaliação de Elodia, a “pior combinação de bebidas para a saúde são as ultraprocessadas açucaradas, como refrigerantes, energéticos e sucos industrializados.”

A médica descreve essas bebidas como “um verdadeiro veneno para a longevidade”. Ela explica: “O consumo está diretamente ligado a um maior risco de obesidade, resistência à insulina, doenças inflamatórias e cardiovasculares e até mesmo declínio cognitivo.”

“O grande perigo dessas bebidas é que passam despercebidas na rotina de muitas pessoas. Como não promovem saciedade e apresentam altíssima carga glicêmica, desencadeiam um ciclo vicioso de picos e quedas de glicose, levando a um aumento do apetite e à inflamação crônica”, argumenta a especialista.

Elodia destaca que essas opções contêm açúcares adicionados, especialmente a frutose industrializada. “As bebidas dispõem de alta carga glicêmica desencadeando um aumento abrupto nos níveis de glicose no sangue”, salienta. Ela emenda que esse teor elevado sobrecarrega o metabolismo e favorece o surgimento de doenças metabólicas.

“Contribuem também para o acúmulo de gordura visceral, resistência à insulina e inflamação”, cita a especialista.

Órgãos afetados
De acordo com Elodia Ávila, o corpo funciona como uma engrenagem e, se um órgão apresenta “defeito”, isto é, alguma doença, acaba por afetar os demais. Ela esclarece que o consumo dessas bebidas tende a prejudicar algumas partes do organismo.

Pâncreas: o excesso de açúcar exige uma liberação constante de insulina, o que pode levar à resistência insulínica e, eventualmente, ao diabetes tipo 2.
Fígado: a frutose em exagero é metabolizada diretamente pelo fígado, resultando no acúmulo de gordura hepática.
Coração: o consumo regular dessas bebidas está associado a um aumento no risco de hipertensão, inflamação vascular e doenças cardíacas.
Cérebro: estudos apontam que altos níveis de açúcar na alimentação contribuem para déficits de cognitivos e maior risco de doenças neurodegenerativas.

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