MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, publicou uma nota na qual critica as falas do ex-deputado federal Roberto Jeferson (PTB) em relação à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Borges manifestou "o mais eloquente repúdio às declarações absolutamente inaceitáveis e do mais baixo calão" do ex-deputado contra a ministra.
"Além de ofender moralmente a ministra Carmem Lúcia, detentora de uma trajetória jurídica e moral invejável, as nefastas declarações do ex-deputado também trazem em seu bojo fortes ranços de misoginia, ofendendo a todas as mulheres brasileiras", avaliou.
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Para o chefe do Ministério Público Estadual, "a liberdade de expressão é valor sagrado do Estado Democrático de Direito, mas deve ser exercida com responsabilidade e respeito, não devendo servir para encobrir ataques de ódio de qualquer natureza".
Jeferson está em prisão domiciliar e usou as redes da filha, Cristiane Brasil (PTB), para atacar Cármen Lúcia por ter votado a favor da punição à emissora Jovem Pan no contexto das eleições.
O ex-deputado chamou a ministra de "bruxa de blair", de "Cármen Lúcifer" e ainda comparou a magistrada a uma "prostituta". Pela decisão que o tinha colocado em prisão domiciliar, Jeferson não podia usar as redes sociais.
Ele foi preso neste domingo por descumprir a decisão judicial. Durante o cumprimento da prisão, policiais federais foram feridos pelo ex-deputado com tiros e uma granada.
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