LETICIA AVALOS
Da Redação
O prefeito Abilio Brunini (PL) criticou a demora na implantação do Ônibus de Transporte Rápido (BRT) em Cuiabá, e comparou a situação do Governo do Estado com a da prefeitura no que se refere ao relacionamento com as empresas de prestação de serviço. “Parece que a empresa [do BRT] não está levando a sério as notificações que ela tem recebido. Mas também, não posso reclamar muito, porque aqui no município as empresas também parecem não levar a sério”, declarou.
O ritmo das obras do BRT tem criado amplo descontentamento, mas o mais indignado é o próprio governador Mauro Mendes (União), que já afirmou que tem “cobrado, apertado e notificado” o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos, Heleno & Fonseca Construtécnica e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia.
Nesta quinta-feira (23), Abilio denunciou trabalhadores “parados” no canteiro de obras da Avenida do CPA. “Ao passar pelo caminho eu reparei um monte de gente parada. Eram 9h e o cara sentado na mureta, conversando, mexendo o celular, o outro fazendo outro negócio”, descreveu.
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Em Cuiabá, o maior descontentamento do prefeito é com a Locar Saneamento Ambiental, responsável pela coleta de lixo da capital. Para ele, o serviço não é prestado de maneira satisfatória, deixando muito entulho acumulado pelos bairros.
Somente nos 23 dias de gestão de Abilio, a Locar já recebeu inúmeras notificações da prefeitura exigindo a melhora da qualidade do serviço. Em resposta, a empresa se comprometeu em ampliar a frota de caminhões até o início de fevereiro.
Para solucionar os conflitos, o gestor municipal defendeu mudanças na legislação para que o rompimento de contratos possa ser feito com menos burocracia. Segundo ele, a medida beneficiaria tanto o Executivo Municipal quanto o Executivo Estadual.
“Eu estou fazendo várias notificações [à Locar], tem que dar prazo para responder e nisso já foram 20 dias. Imaginem o quanto isso demora para a população. No contrato com o BRT também deve ter essas dificuldades. Por mais que o governador esteja querendo romper o contrato, infelizmente ele fica impedido se não seguir todos os ritos”, comentou.
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Francis Elpi de Oliveira Nascimento 24/01/2025
É por isso que eu digo que a LICITAÇÃO é um câncer que está matando o Brasil e beneficiando as negociatas. Criado para impedir má gestão este mecanismo beneficia as negociatas formando uma máfia que atua em todo o país. Não cumprem os contratos, pedem aditivos absurdos e ainda abandonam as obras obrigando a gestão a permanecer com el a ou amargar a perda de verbas e o reinício de todo processo burocrático. Haveria menos tráfico de influências se o gestor tivesse liberdade para a agir e fosse responsabilizado em caso de fraudes. Nos EUA as obras tem seguro e caso as empreiteiras não cumpram o combinado o seguro é acionado e a gestão pública não perde, resultado quase não há abandono de obras ou descumprimento. Acorda Brasil...
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