LETICIA AVALOS
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (União) negou que tenha ido ao ato pela anistia aos condenados pelo "8 de Janeiro" com objetivo de receber o apoio do ex-presidente Jair Bolsonato (PL) numa eventual candidatura ao Senado em 2026. Mauro foi um dos quatro governadores a comparecer ao ato, realizado na orla da praia de Copacabana e reuniu menos de 20 mil pessoas.
Segundo Mauro, sua ida à manifestação ocorreu por conta das penas que estão sendo aplicadas aos populares que invadiram e deprederam os Três Poderes. "Eu não aprovo sob hipótese alguma os atos do 8 de Janeiro. Qualquer pessoa de bom senso não pode aprovar nenhum tipo de invasão em propriedade privada ou pública e os atos de destruição têm que ser penalizados. Entretanto, a pena que está sendo aplicada é muito desproporcional", frisou o governador em ato realizado com o presidente da LIDE no Brasil e ex-governador de São Paulo, João Dória (PSDB).
"Sempre assumo com muita clareza e tranquilidade as minhas posições em apoiar aquele ato que tem o objetivo de reposicionar o que está acontecendo em termos de penalização", complementou.
Em relação a possibilidade de receber o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, que detém grande número de apoiadores no Estado, Mauro garante que não esteve na manifestação para isso. "Recebi com muita tranquilidade os elogios que o Bolsonaro fez, algumas citações em off em outro momento. Mas, tenho procurado evitar antecipar o debate eleitoral de 2026 porque nós temos aí enormes desafios na gestão e é sobre eles que estou focado neste momento", pontuou.
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Mauro colocou que seu foco está em entregar obras na reta final da gestão, como hospitais, de infraestrutura e na área da educação. "Mas, ninguém é de ferro, e a gente conversa um pouco de política também", comentou.
Nos bastidores, especula-se que Mauro Mendes pretende disputar o Senado numa aliança da direita no Estado. No cenário, ele disputaria uma das duas vagas no Congresso numa "dobradinha" com o deputado federal José Medeiros (PL), onde ambos receberiam o apoio de Bolsonaro.
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