LETICIA AVALOS
Da Redação
Após demonstrar insatisfação com o ritmo das obras do BRT (ônibus de transporte rápido) e sinalizar o desejo de rescindir o contrato com o consórcio responsável, o governador Mauro Mendes (União) informou que não quer tomar uma decisão precipitada e está debruçado analisando todos os documentos e problemáticas do assunto. O seu receio é que a anulação do contrato traga prejuízos ao Estado e atrase ainda mais a conclusão do empreendimento.
“É claro que o consórcio tem dificuldades, qualquer um percebe isso. Uma rescisão contratual pode ser um dos remédios, porém, nós temos que saber que se isso for feito na pressa, baseado só em apelo ou convicções, pode trazer prejuízo para o Estado. Então nós estamos analisando o contrato com muita clareza, todos os documentos. [...] Eu vou tomar essa decisão o mais rapidamente possível, quando eu sentir segurança”, disse em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (4).
Mendes atribuiu a culpa pelo atraso ao ex-prefeito de Cuiabá e seu rival político, Emanuel Pinheiro (MDB), que criou obstáculos com o objetivo de barrar as obras na capital durante 2024.
“Temos que reconhecer que durante um ano a consultora foi prejudicada pela atuação da prefeitura de Cuiabá. [...] ficou um ano prejudicando, não deixando, não dando alvará. Então, esse é um fator real que realmente incomodou essas obras nesse período”, comentou.
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À época, Emanuel exigiu alvarás, autorizações e licenças para a implantação do modal. O Executivo Estadual alegou que as exigências eram indevidas e desprovidas de amparo legal, gerando um imbróglio jurídico que terminou com a vitória do Governo.
O governador também relembrou que, após o atraso no cronograma, uma repactuação foi firmada com o Consórcio Construtor BRT em outubro do ano passado. No entanto, segundo ele, os compromissos não têm sido cumpridos.
“O tempo da desculpa acabou. [...] Novembro não cumpriu, dezembro não cumpriu e em janeiro praticamente parou, então é diante disso que nós estamos neste momento finalizando as análises para decidir”, afirmou.
Para Mendes, é mais vantajoso “perder” mais alguns dias para tomar uma decisão madura, do que se precipitar e causar problemas no futuro, já que a rescisão também pode acarretar em multas milionárias às três empresas construtoras.
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