GILSON NASSER E CECÍLIA NOBRE
Da Redação
Apesar do relatório do 1º quadrimestre do balanço financeiro do Estado apresentar um aumento significativo da arrecadação, a expectativa para o 2º semestre deste ano não são tão otimistas.
Segundo o secretário de Fazenda do Estado, Rogério Gallo, os efeitos da quebra da safra em Mato Grosso ainda não foram sentidos na receita pública na comparação com o ano de 2023. Isso se deve porque, nos quatro primeiros meses do ano passado, ainda estava sob vigor uma Medida Provisória do Governo Federal que isentava o ICMS da gasolina e óleo diesel.
No início deste ano, a arrecadação de impostos sobre esses ítens compensou a perda com a crise climática. "Não é um bom parâmetro você comparar este ano com o ano passado, porque naquele momento a gente estava ainda sob congelamento dos impostos", colocou o secretário.
O secretário relatou que os números de maio já apresentam uma realidade diferente em relação a arrecadação do ICMS. "Fechou agora na última semana, mas já começamos observar uma queda discreta ainda do ICMS em relação ao ano passado. A tendência é de que ele se mantenha e a gente não tenha mais o superávit que veio colecionando ao longo dos últimos anos", pontuou.
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Apesar de afirmar que a arrecadação não será menor que em 2023, o secretário vê as projeções com pessimismo. "É uma arrecadação que não está crescendo como deveria e como a gente esperava", explicou.
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Segundo Gallo, além da perda da safra em torno de 15% daquilo que foi plantado, o preço da soja e milho também teve queda, impactando na arrecadação de impostos. "Foram duas combinações. Nós tivemos uma redução na saca da soja e do milho de 30%. A soja era R$ 160 a saca e nós estamos vendendo a R$ 110. É menor faturamento, fatura menos, menos consumo".
CONTROLE DOS GASTOS
O secretário adiantou que a baixa arrecadação, no entanto, não implicará na redução de investimentos do Governo. No entanto, haverá um controle maior das despesas.
"Vamos ter que acomodar essa nova realidade no orçamento público. Não vai ter nenhum contingenciamento sobre todos os investimentos que estão sendo realizados, mas o crescimento da despesa pública, sobretudo a despesa obrigatória, vamos ter um controle muito mais efetivo", ponderou.
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