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LETICIA AVALOS
DA REDAÇÃO

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), decretou estado de calamidade por conta dos estragos da chuva que caiu na cidade neste domingo (12). O objetivo é garantir celeridade na aquisição de equipamentos e na realização de serviços para atender a comunidade.

Além disso, Abílio anunciou que encaminhará para a Câmara de Cuiabá, junto com o projeto de calamidade, a proposta de um auxílio emergencial de R$ 1 mil para atender as famílias mais atingidas pelas chuvas.

"Talvez, com esse auxílio permite que ela (família atingida) compre um armário de cozinha, um fogãozinho ou um colchão para poder ter um pouco de dignidade. A gente está vendo que mesmo com essa calamidade financeira que estamos passando, tem gente em situação muito pior e aí só dar uma cesta básica não vai resolver", falou Abílio em coletiva de imprensa nesta segunda-feira.

Segundo Abílio, a proposta de auxílio já está sendo analisado tecnicamente pelo secretário de Orçamento Público, Fazenda e Planejamento, Marcelo Bussiki, em conjunto com a Defesa Civil e Assistência Social do Município. O prefeito destacou que são cerca de 150 famílias aproximadamente atingidas pela chuva, mas o projeto será apresentado com o número exato.

"A gente tem uma identificação aproximada, mas está fazendo o detalhamento. Para o projeto de lei, a gente não tem que ter um número aproximado, tem que ter um levantamento formal. Aí, num dia, não dá pra levantar a cidade toda", frisou, destacando que serão contemplados com auxílio os atingidos em situação mais delicada.

"Não é para todos que a água entrou. É para aquelas pessoas que realmente chegaram no limite, que não tem mais pra onde correr. E ontem, estivemos em lugares como esse. Dentro do próprio bairro São Matheus, a gente esteve numa casa que a água entrou mais da metade da casa da pessoa e ali ela não tinha condição de ficar um dia a mais", descreveu.

A ideia inicial, segundo o prefeito, é conceder o auxílio uma única vez. Todavia, a depender dos estudos e dos estragos, ele pode durar um tempo maior.

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AÇÕES EMERGENCIAIS

Desde que a situação da chuva ganhou notoriedade, Abílio visitou os locais mais atingidos e anunciou ações emergenciais. Ele destacou que recebeu a prefeitura sem nenhum contrato ativo ou licitação para fornecimento de máquinas e equipamentos de boca de lobo.

Com a calamidade decretada, a Secretaria de Obras Públicas já adquiriu quatro equipamentos de forma emergencial. "Só não adquiriu mais, porque não tem na cidade", falou.

Sobre o bairro São Matheus, ele pontuou que a obra para fazer a vazão da água do córrego para o Rio Cuiabá foi "mal planejada ou mal executada". Segundo ele, o volume de chuva na região no período das águas é muito superior à vazão de 2,5 metros planejada.

"Projeto anterior era uma ponte ampliando a vazão de água, mas foram executados apenas tubos e esses tubos não foram suficientes para a vazão e isso ocorreu todo problema. Além da falta de limpeza urbana, todos materiais e residuos foram aos córregos e bocas de lubo, prejudicando ainda mais a capacidade de drenagem das chuvas", colocou.

Abílio citou que a Defesa Civil está mapeando as áreas de risco e já interditou algumas moradias e outros pontos. Por conta disso, já buscou apoio da Assistência Social do Estado, visando atender as famílias que serão retiradas de suas casas.

"Essas edidas vão acarretar ações da Assistência Social. Estive conversando com a coronel Grasiele Bugalho, que é secretária de Estado de Assistência Social, que já está disponobilizando alguns materiais. Estamos fazendo levantamento de em torno já de aproximadamente 150 família, pré-mapeadas na questão de risco e com ela vamos buscar ajuda de alimentos e outras medidas que sã possíveis", assinalou.

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