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JUSTIÇA Quarta-feira, 05 de Junho de 2024, 17:12 - A | A

05 de Junho de 2024, 17h:12 - A | A

JUSTIÇA / OPERAÇÃO RAGNATELA

Vereador teria articulado telhas compradas pelo CV para sindicato

Além de parlamentar, Paulo Henrique era dirigente do Sindicato dos Agentes de Regulação e Fiscalização

CECÍLIA NOBRE
Da Redação



De acordo com as investigações da Operação Ragnatela, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (5), o vereador de Cuiabá, Paulo Henrique de Figueiredo Masson (MDB), teria recebido telhas para o Sindicato dos Agentes de Regulação e Fiscalização do Município de Cuiabá (Sindarf), ao qual é presidente, que foram compradas pelo empresário, também investigado, William Aparecido Costa, vulgo “Gordão”.  

De acordo com o Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), após a  quebra de sigilo fiscal da empresa de William, foi encontrado uma nota fiscal que registrava a compra de telhas no valor de R$ 10 mil.

“O endereço indicado na compra para a entrega das telhas foi o do Sindicato ao qual Paulo Henrique é o presidente, reforçando ainda mais o laço entre Paulo Henrique e a organização criminosa, configurando mais um indício de que ele se utiliza do sindicato para suas operações financeiras ilícitas”, diz trecho da ação. 

Leia mais:

Vereador de Cuiabá é investigado por ser interlocutor de facção para liberação de shows

PF prende 8 do CV por lavarem dinheiro com shows nacionais e boates

Diante disso, foi realizado o cumprimento do mandado de busca e apreensão no sindicato diante dos indícios de que Paulo Henrique utilizou sua função enquanto presidente do Sindarf para realizar lavagem de dinheiro para a organização criminosa ligada ao Comando Vermelho, além de garantir vantagens ilícitas, direta ou indiretamente, como foi o caso do recebimento das telhas.  

Durante as investigações que desencadearam a operação foi identificado que os criminosos ligados ao CV contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização de shows nacionais em casas noturnas de Cuiabá, sem a documentação necessária. 

De acordo com a  Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) Paulo Henrique seria o interlocutor entre a organização criminosa e os agentes públicos.

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