LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
A juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, marcou para o dia 11 de setembro, a partir das 13h30, a audiência da ação penal que trata de um suposto desvio de R$ 1,5 milhão dos cofres da Assembleia Legislativa.
Na ação, são réus o ex-deputado estadual José Riva e o deputado estadual Gilmar Fabris, ambos do PSD. Eles são acusados pelo Ministério Público Estadual (MPE) de participação em um esquema de emissão de cheques da Assembleia Legislativa, entre os anos de 1996 e 1998, a empresas supostamente “fantasmas”.
A audiência estava prevista para ocorrer no dia 10 de agosto, mas foi adiada pela ausência de testemunhas, que não foram intimadas. Na ocasião, José Riva chegou a comparecer no Fórum, mas foi embora logo depois de ser notificado do adiamento.
Entre as testemunhas arroladas estão o ex-deputado federal Eliene Lima (PSD) e o ex- presidente do Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso (Cepromat), Wilson Celso Teixeira, o Dentinho (PSD).
Também é testemunha na ação o deputado Romoaldo Júnior (PMDB). Como ele possui prerrogativa de foro, poderá escolher uma data para prestar depoimento, desde que seja anterior à data marcada para a audiência.
O processo no qual Riva e Fabris são acusados de emitirem cheques à empresas fantasmas tramita em segredo de Justiça
Acusações negadas
Antes de saber do adiamento da audiência, no dia 10 de agosto, o ex-deputado José Riva falou rapidamente com a imprensa e disse que as acusações que pesam contra ele não são verdadeiras.
“Estou sempre à disposição da Justiça. As denúncias não são verdadeiras e vamos mostrar isso no processo”, afirmou.
“AL não se resumia ao ex-deputado”
O advogado Rodrigo Mudrovitsch, que compõe a defesa de Riva, também negou o envolvimento do ex-parlamentar nos crimes denunciados pelo MPE.
“A Assembleia não se resumia ao ex-deputado Riva. Havia outras pessoas lá dentro. Ele não tinha controle de todos os pagamentos que saiam de lá”, afirmou Mudrovitsch.
“A acusação feita ao ex-deputado não se sustenta. Não há provas do envolvimento de Riva nos fatos e esse é a linha da defesa”, completou.
Questionado sobre a responsabilização de outras pessoas, Mudrovitsch preferiu não polemizar.
“Nós não somos órgão acusador. Compete às autoridades acusadoras buscar os demais envolvidos, se houver”, disse.
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