CECÍLIA NOBRE
Da Redação
O juiz substituto Anderson Clayton Dias Batista, da 1ª Vara Criminal de Sinop, manteve a prisão preventiva de Edgar Ricardo de Oliveira que, junto de seu comparsa, Ezequias Souza Ribeiro, morto em confronto com a polícia, mataram sete pessoas em fevereiro de 2023, após perderem uma aposta em jogo de sinuca, realizada em um bar da cidade. A decisão é de sexta-feira (23).
Na ação, o magistrado destacou que indiscutível a decretação da prisão preventiva de Edgar, visto que o mesmo praticou crime doloso, ou seja, o réu tinha a intenção de matar e prejudicar as vítimas presentes no estabelecimento. Além disso, Batista entendeu que há necessidade em garantir a ordem pública, que se encontra abalada em razão da periculosidade real de Edgar, visto que, junto de Ezequias, matou sete pessoas, incluindo uma adolescente de 12 anos, por motivo torpe e consistente “no sentimento de vingança, em razão de os autores do delito terem perdido aposta em jogo de bilhar”.
“Além de ter sido perpetrado, em tese, por meio que resultou perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, tendo em vista que os disparos de armas de fogo foram realizados em estabelecimento comercial com várias pessoas e também direção à rua, tendo sido efetuados, em tese, de inopino, pois as vítimas foram rendidas e encurraladas na parede e aquelas que conseguiram correr foram alvejadas pelas costas”, destacou o magistrado.
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Diante disso, Batista afirmou que os fatos são suficientes para demonstrar que o caso vai além da normalidade, constituindo fundamentação para a manutenção da prisão preventiva.
“Assim, considerando que não se vislumbra qualquer alteração fática-jurídica favorável ao acusado, após a decisão que decretou a segregação cautelar, bem como ante a inexistência de excesso de prazo no trâmite do presente feito, mantenho a prisão preventiva do acusado Edgar Ricardo de Oliveira”, concluiu.
Relembre o caso
O crime aconteceu no dia 21 de fevereiro de 2023, em uma terça-feira de Carnaval. Conforme boletim de ocorrência, Edgar e Ezequias haviam perdido uma aposta no valor de R$ 4 mil, em um jogo de sinuca, momento em que os ganhadores, alguns deles vítimas dos suspeitos, começaram a zombar da dupla.
Os suspeitos foram para casa, pegaram uma espingarda e retornaram ao bar. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que os dois suspeitos chegam em uma caminhonete cinza, cercam as vítimas em um canto do bar e começam a atirar.
Edgar resolveu se entregar para a polícia depois que o comparsa foi morto em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope). Na audiência de custódia, o suspeito respondeu apenas às "perguntas qualificatórias", como nome, endereço e ocupação. No mais permaneceu em silêncio durante o restante do tempo.
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JAIRSON METELLO DA COSTA 27/08/2024
Esse verme nunca era para ir preso era para ir para vala
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