GILSON NASSER
Da Redação
O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, João Fuilho de Almeida Portela, decretou as prisões preventivas dos empresários Andrigo Gaspar Wiegert e Glauciano Vargas Wiegert, filho e nora do ex-deputado estadual Pedro Satélite, morto em janeiro deste ano. Ambos são réus na Operação Rota Final, que apura esquema de recebimento de propina por empresas que atuavam no transporte intermunicipal de passageiros de Mato Grosso.
Andrigo e Glauciane são acusados de atuarem na 'lavagem de dinheiro' ilegal que teria sido recebido pelo ex-deputado estadual. As prisões ainda não foram cumpridas.
O MPE requereu a prisão do casal por não serem encontrados para citação, o que tem atrapalhado a instrução processual do processo. "Os acusados Andrigo Gaspar Wiegert e Glauciane Vargas Wiegert encontram-se atualmente em lugar incerto e não sabido, fato que prejudica a regular instrução do feito e inviabiliza a futura aplicação da lei penal, revelando ainda que os acusados pretendem se subtrair aos efeitos de eventual
condenação", diz trecho do pedido.
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Na decisão, o juiz destaca que as prisões são necessárias para garantir a ordem pública, destacando a gravidado do crime imputado a ambos. "A postura dos denunciados, de ocultação de seu paradeiro, demonstra a intenção de dificultar a apuração da verdade e a regular instrução processual. Além disso, a defesa sequer trouxe aos autos o endereço atual dos acusados", afirma o magistrado.
O magistrado cita ainda que o caso não é de impor medidas cautelares diversas da prisão. "Por derradeiro, também inaplicável ao caso a regra da homogeneidade da prisão cautelar porque, além de presente fundamento da
preventiva, no caso vertente não está excluída, por inteiro, a possibilidade de fixação do regime fechado", pontua o juiz.
HABEAS CORPUS
A defesa do casal, feita pelo advogado Artur Barros Freitas Osti, anunciou que já ingressou com habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça para derrubar a decisão. Entre as alegações, está a de que a "mera não citação do acusado" não permite a decretação da prisão preventiva.
A defesa cita, nas alegações do habeas corpus, de que a decisão cita o crime de tráfico de drogas, enquanto eles são denunciados por 'lavagem de dinheiro'. Além disso, destaca que os réus já se manifestaram no processo e pontua que a decisão manda citar outros corréus também não citados.
Por fim, afirma que o casal Wiegert não está em situação de maior gravidade que outros réus no processo. "Em resumo, se o ponto nevrálgico da decisão de prisão era o desconhecimento do endereço dos pacientes, agora ele é de um todo conhecido, inclusive do Juízo do processo que os pacientes nunca souberam que existia eis que ainda não citados", assinala.
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João 22/06/2024
Zero surpresa. Tudo bolsonaristas.
1 comentários