ANGELA JORDÃO
DA REDAÇÃO
A Justiça de Mato Grosso condenou seis integrantes do Comando Vermelho, réus pelos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa. O grupo foi alvo da Operação Castelo de Areia II, desencadeada pela Polícia Civil em 2023, e atuava em municípios da Baixada Cuiabana, entre eles Rosário Oeste, Nobres e Jangada.
Somadas, as penas ultrapassam mais de 40 anos de prisão. A decisão do Jean Garcia de Freitas Bezerra, 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou Blendon Rafael de Campos e Silva (Magrelo) a 9 anos, 7 meses e 20 dias; Leonardo Clóvis Moraes de Sampaio (Leo Vida) e Dievan Rodrigon Silva (Neguinho) a 8 anos, 3 meses e 5 dias (cada um); Pedro Antônio da Silva Leite, (Pepeu) foi sentenciado a 5 anos e 3 meses; Joselito Guimarães Júnior (Pequeno) e Alisson Ferreira da Silva (Ceará) a 4 anos, 9 meses e 5 dias (cada um deles).
O juiz destacou que, devido a gravidade da atuação do grupo, inicialmente todos deverão cumprir a pena em regime fechado. A decisão é do dia 25 de março.
Ao definir as penas, o magistrado salientou que os delitos praticados apresentaram culpabilidade exacerbada, "tendo em vista que foi praticado no âmbito da Organização Criminosa Comando Vermelho, grupo bem articulado, com várias ramificações, divisão de funções definidas, reconhecida nacionalmente por atos de extrema violência e voltada para a prática não apenas do comércio ilegal de entorpecentes, mas de outros delitos, como tortura, homicídio, roubo e lesão corporal. O grupo é causador de inúmeros problemas na sociedade, atuando dentro e fora dos presídios de todo o país, ordenando “salves” e até morte de desafetos, pelo que merece valoração negativa, como já decidido pelo Superior Tribunal de Justiça", apontou.
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Castelo de Areia
A Operação Castelo de Areia - várias etapas - teve como alvos, principalmente, investigados por atuar como ‘biqueiros', que são aqueles que praticam o tráfico ‘formiguinha’, recebendo semanalmente pequenas quantidades de drogas, com a exata quantidade para venda. Foi apurado que grupo agia com clara divisão de tarefas e relativa organização. O líder encomendava, semanalmente, a carga de droga e tinha uma pessoa responsável para distribuir cada tipo de entorpecente aos demais biqueiros. Além disso, havia os responsáveis para fazer o recolhimento semanal de valores e da ‘camisa, taxa de R$ 100 mensais cobrada pela facção autorizando o biqueiro a vender a droga.
A investigação apurou ainda que o líder do tráfico também ordenava mortes daqueles que vendiam entorpecentes sem autorização ou de quem era delator. Quem devia droga ou cometia furtos também era a
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