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GERAL Sábado, 21 de Setembro de 2024, 14:00 - A | A

21 de Setembro de 2024, 14h:00 - A | A

GERAL / VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

Mato Grosso já registrou mais de 20 feminicídios neste ano

Aumento alarmante de casos destaca a urgência de ações efetivas de proteção às mulheres

GIOVANA BAIOCCO
Especial para o Midiajur



Entre janeiro e setembro de 2024, Mato Grosso registrou mais de 20 casos de feminicídio, scom a Polícia Civil relatando que 80% das ocorrências aconteceram no ambiente doméstico. Dentre esses crimes, 55% envolveram o uso de arma branca. As vítimas variaram em idade, com a mais jovem tendo apenas 18 anos e a mais velha, 84.

O caso mais recente diz respeito a Enil Marques Barbosa, de 59 anos, que foi descoberta morta e enterrada nos fundos de sua casa no Distrito da Guia, em Cuiabá, na noite de 12 de setembro. A vítima foi empurrada, sofreu uma queda que a fez bater a cabeça no chão, foi amarrada e enterrada, tendo seu corpo coberto com folhas e incendiado, apesar de ter tentado se livrar.

Outro assassinato que chocou o Estado neste ano foi de Bruna Oliveira, de 24 anos, que foi arrastada por uma motocicleta em Sinop, a 503 km da capital. O crime ocorreu em junho, e o autor foi detido em Nova Maringá, a mais de 300 km do local do crime.

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Além disso, Lorrane Cristina Silva de Lima, de 23 anos, foi encontrada morta em sua residência, ao lado de seus filhos pequenos, em Diamantino. O suspeito do homicídio teria cometido o ato para desbloquear o celular da vítima utilizando sua digital, segundo informou o delegado encarregado do caso.

Um levantamento da Polícia Civil apontou que, no primeiro semestre de 2024, os índices de feminicídio aumentaram em 5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Nenhuma das vítimas na capital havia solicitado medidas protetivas contra os suspeitos. Contudo, o número de medidas protetivas em Mato Grosso cresceu para 8.859, um aumento de 10% em relação ao ano passado.

A delegada Judá Marcondes, titular da Delegacia da Mulher de Cuiabá, destacou que o descumprimento das medidas protetivas é considerado crime desde a alteração da Lei Maria da Penha em 2018, podendo resultar em pena de seis meses a dois anos de prisão.

A delegada também ressaltou que diversos tipos de violência podem preceder os feminicídios, incluindo violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.

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