ANGELO VARELA / ALMT

ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) nega que tenha recebido uma ligação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva lhe convidando para disputar o Governo de Mato Grosso pela sigla.

"Seria uma honra para mim receber uma ligação do Lula, mas essa ligação não aconteceu", disse Lúdio a imprensa na manhã desta quarta (13), na Assembleia.

Um boato apontava que o ex-presidente havia ligado para Lúdio e conversado com ele para sair como pré-candidato ao Governo.

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Apesar de ser também cobrado pelos colegas partidários para disputar o Palácio Paiaguás, Lúdio quer a reeleição do mandato de deputado e afirma que a decisão está bastante amadurecida e que não vai mudar de ideia.

"Tem uma decisão coletiva, não é individual, bastante amadurecida que não tem volta. É a decisão de avaliar o nosso primeiro mandato na disputa da reeleição para que a gente possa seguir nas lutas aqui na assembleia", diz.

Além disso, Lúdio afirma que a reeleição será uma forma de testar a avaliação do seu eleitorado em seu primeiro mandato como deputado estadual.

O deputado defende que não é contraditório ele próprio defender outros nomes na disputa e aponta que o Partido dos Trabalhadores (PT) não pode depender de uma pessoa – no caso, ele próprio.

"De que forma eu me tornei quadro importante no PT? Disputando eleições. Eu já cumpri honrosa tarefa de representar o PT em duas disputas majoritárias pra prefeito de Cuiabá, pra governador do estado e hoje exerço um primeiro mandato de deputado estadual. Ao mesmo tempo - e não é contraditório -, eu defendo de forma insistente que o PT dispute o Governo, por que tenho clareza de que só o PT tem condições de construir um palanque legítimo que vá para o enfrentamento do bolsonarismo e em defesa da candidatura de Lula e do programa que ele apresentará para o país", posiciona.

Conforme publicado pelo Midia Jur, os nomes preliminares de pré-candidato do PT ao Governo são professor e diretor-geral da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), Reginaldo Araújo, além do presidente da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), Domingos Sávio.

Na ocasião, o irmão de Lúdio, o agrônomo James Cabral, deve ser lançado como candidato ao Senado. Ele foi candidato a prefeito de Cáceres (225 km a Oeste) em 2020.

Pressionado pela imprensa de que não basta o partido ter nomes, mas também ter eleitores para voto, Lúdio voltou a insistir que a construção do reduto ou densidade eleitoral só se dá nas disputas das eleições.

"Eu não tinha densidade eleitoral nenhuma quando eu disputei a Prefeitura de Cuiabá. Eu era vereador, mas tive uma votação expressiva, portanto a densidade eleitoral se construiu a partir da disputa das eleições, iniciando a campanha com três, quatro por cento dos votos. Adquiri essa densidade eleitoral [para conseguir vencer a disputa ao Governo] quando fui candidato a governador em 2014 e fiz 33% dos votos. Vou disputar reeleição para manter as trincheiras na Assembleia e esforçar para ampliar bancada do PT", conclui.

A decisão sobre quem será o pré-candidato deve sair em um ato do PT em favor das candidaturas próprias marcado para quinta-feira (14), a partir das 18h, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Cuiabá.

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