MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O deputado federal Neri Geller (PP) afirmou que não vai "se agarrar" na filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à sua sigla para uma possível candidatura ao Senado em 2022.
Neri citou a proximidade com as principais lideranças do PP nacional, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), além do apoio em pautas polêmicas e importantes para o Governo Federal como os pontos que devem garantir apoio na disputa ao Senado.
Leia mais:
Jair Bolsonaro "se divide" entre Wellington e Zé Medeiros
Bolsonaro diz que tem limite de prazo com PL e que conversa com outros partidos
"A nossa candidatura se dá em cima da força do trabalho aqui no Estado. Com relação ao presidente Bolsonaro, tinha uma tendência de ele vir para o PP, natural, até porque o partido que mais dá sustentação ao presidente é o Partido Progressista. Temos líder do Governo, que é o Ricardo Barros, temos chefe da Casa Civil (Ciro Nogueira), e colocamos também o presidente da Câmara. E modéstia à parte, todos são muito próximos de mim ou eu próximo deles. Estou muito tranquilo. Essa movimentação do presidente se dá em função de uma conjuntura nacional", disse Neri na quarta-feira (17).
O presidente Jair Bolsonaro vinha se movimentando para uma filiação ao PL, que tem o senador Wellington Fagundes, pré-candidato à reeleição em Mato Grosso.
A negociação com o PL era dada como 99% certa e tinha até data para assinatura, mas houve entraves com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto.
"Vocês viram, saiu na CNN, uma manifestação por parte do grupo do presidente Bolsonaro que, aqui em Mato Grosso, existe um candidato que é próximo ao governador Mauro Mendes e que dá sustentação ao presidente da República. É isso que diz na matéria. Então isso é uma sinalização. Eu estou muito tranquilo, não vou me agarrar à filiação do presidente da República. Eu vou me agarrar a ter condições eleitorais dentro do que eu fiz pelo Estado e pelo país", defendeu.
O deputado lembrou projetos nos quais atuou na linha de frente na Câmara em defesa do governo. Neri é vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e atuou na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios, no projeto de lei do licenciamento ambiental, entre outras questões "polêmicas".
"Discurso nós temos. Eu não posso, não vou fazer e nunca fiz, de ser papagaio de pirata, de querer aparecer onde não presto serviço. Eu quero estar com as figuras, sim, que ajudam o Estado, que ajudam o país, e entre elas o presidente Bolsonaro. Mas pela força do meu trabalho, não pela demagogia e pela necessidade de me agarrar a alguém para ser candidato. Eu confio no nosso grupo aqui do Estado, que é muito forte, minha candidatura não é imposição para ninguém, ela vai se dar leve, vai se dar solto", avaliou.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.