THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO
O servidor afastado da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Wander Luiz dos Reis, preso pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) na última quinta-feira (05), em Natal (RN), chegará hoje a noite em Cuiabá, em um voo comercial da TAM. O voo 3596, com origem de Brasília, deve pousar no Aeroporto Marechal Rondon às 21h24. A informação é do Ministério Público Estadual.
Wander é suspeito de participar de um esquema de fraudes em processos licitatórios para execução de obras e reformas em escolas estaduais, orçadas em R$ 56 milhões.
Segundo o Gaeco, ele e outros dois servidores recebiam propina em troca de informações privilegiadas que auxiliassem determinados empreiteiros a vencer as concorrências públicas.
Conforme a assessoria do MPE, após chegar em Cuiabá, Wander estará à disposição do sistema prisional do Estado, que definirá a unidade a ser conduzido.
O servidor foi preso no Flat Luar da Ponta Negra, na praia de mesmo nome, na Capital potiguar, por integrantes do Gaeco do Ministério Público do Rio Grande do Norte. Ele estava de férias com a família.
Wander estava com a prisão preventiva decretada desde o dia 3, quando foi deflagrada a Operação Rêmora, em Mato Grosso. Além dele tiveram mandados de prisão cumpridos o empresário Giovani Guizardi e os ex-servidores da Seduc, Fábio Frigeri e Moisés Dias da Silva. Esses dois últimos foram exonerados.
Já Wander foi afastado da Pasta. Ele é servidor efetivo do Governo do Estado e ocupou, até outubro do ano passado, o cargo de superintendente de Infraestrutura da Secretaria.
Operação Rêmora
A Operação Rêmora, deflagrada pelo Gaeco na manhã do último dia 3, investiga um esquema de fraudes que pode ter ultrapassado o montante de R$ 56 milhões em obras.
Segundo o MPE, a organização atuava em licitações e contratos administrativos de obras públicas de construção e reforma de escolas da Seduc.
As investigações apontaram que o grupo seria composto por três núcleos: de agentes públicos, de operações e de empresários.
O núcleo de operações, após receber informações privilegiadas das licitações para construções e reformas de escolas, organizou reuniões para prejudicar a livre concorrência das licitações, distribuindo as respectivas obras para 23 empresas, que integram o núcleo de empresários.
Por sua vez, o núcleo dos agentes públicos era responsável por repassar as informações privilegiadas das obras que iriam ocorrer e também garantir que as fraudes nos processos licitatórios fossem exitosas, além de terem acesso e controlar os recebimentos dos empreiteiros para garantir o pagamento da propina.
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