LETICIA AVALOS
Da Redação
O vereador Demilson Nogueira (PP) acusou os colegas Dilemário Alencar (União) e Sargento Joelson (PSB) de trair o autodenominado "G6", que chegou a articular uma candidatura à Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá. Demilson foi um dos oito parlamentares que rejeitaram a chapa de Calil, eleita com 19 votos dos 27 vereadores.
"Eu não tinha compromisso de votar com a chapa da vereadora Paula. Nós construímos uma situação que era o grupo G6, aí depois da traíragrem de dois acabou. Como sou homem de palavra, meu foguete não tem ré", assinalou Nogueira, que inicialmente tentava omitir os nomes dos 'traidores'.
Segundo Demilson, a expectativa do G6 era de que com o afunilamento das articulações, o grupo seria o "fiel da balança" no pleito interno. "Nós imaginávamos que no dia de ontem, a Mesa seria entregue para um de nós, como de fato foi. Só que quanto nós precisávamos ter os 6, dois já tinham vazado", explicou o pepista, confirmando em seguida que só soube que Dilemário e Joelson aderiram ao grupo de Paula Calil pela imprensa.
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Nogueira afirmou que o grupo se reunia diariamente para debater a eleição interna num estabelecimento comercial de Cuiabá. "O grupo tinha o compromisso de que não podia fazer nenhuma sedução que não fosse republicana. Aí, de repente você os vê numa foto sem ao menos comunicar você. O que é isso", questionou.
Após ver imagem dos colegas com o grupo adversário, Nogueira informou que foi o primeiro a sair do G6. "Fiquei surpreso, claro. Você tem outro nome para dar para isso?", respondeu Nogueira ao ser questionado se houve traição.
Com a 'implosão' do G6, os vereadores Maria Avalone (PSDB), Daniel Monteiro (Republicanos) e Eduardo Magalhães (Republicanos) votaram com a chapa 100% feminina. "Eu me abstive em homenagem ao Joelson e ao Dilemário", complementou.
Já sobre o relacionamento com Paula Calil, Nogueira falou que, com a eleição da Mesa Diretora, a tendência é de que seja normal. "É uma situação interna, isso já acabou. Relação será tranquila, eleição acabou hoje. Até porque não tem porque ter algum problema com ela", falou.
Porém, deu uma ligeira alfinetada na colega ao citar que houve interferência da Assembleia na eleição da Câmara de Cuiabá, já que o irmão de Paula, deputado Faissal Calil (Cidadania), participou ativamente das conversas da eleição interna. "Talvez hoje seja da Assembleia também. Mas a interferência do Executivo sempre vai haver. Mas um poder legislativo interferir na outra é inédito, como é inédita a chapa ter só mulheres".
Ele também assegurou que será um parlamentar independente na Câmara, sem ser taxado de base ou oposição. "Eu disse ao prefeito Abílio que estou pronto para ajudar a gestão dele. Agora, tenho independência dos meus atos".
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