CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O empresário Marcelo Cestari voltou a afirmar, nesta quarta-feira (16), que o disparo de arma de fogo que resultou na morte de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, foi realizado de maneira acidental (veja vídeo abaixo).

Cestari é pai da adolescente de 15 anos acusada de atirar na sua melhor amiga. Segundo o inquérito da Polícia Civil, o disparo ocorreu de maneira intencional.

O empresário disse que vêm colaborando com as investigações e com a Justiça desde o início dos procedimentos e afirmou que “não existe nenhum criminoso” na família.

“Estamos sendo colaborativos. Não existe nenhum criminoso, não existe nenhuma pessoa que queira fugir ou coisa do tipo. Estamos prestando e dando satisfação a todo momento à Justiça”, afirmou.

A declaração foi feita em frente ao Complexo Pomeri, em que ficam internados adolescentes que comentem atos infracionais. Ele foi ao local buscar a filha, depois que o Tribunal de Justiça concedeu habeas corpus a ela. Esta foi a primeira vez que o empresário falou com a imprensa desde a morte da adolescente.

A adolescente acusada de matar a amiga teve determinação judicial para internação expedida na terça-feira (16), mas foi liberada por decisão do desembargador Rui Ramos. Ela passou uma noita no Centro Socioeducativo do Pomeri, na Capital.

“Tudo que aconteceu está nos autos, e nos nossos relatos. [...] O caso está sob sigilo e eu estou mantendo esse respeito à Justiça. Sem nem mesmo ter falado nada, já me acusaram de fraude processual. Imagina se antes eu tivesse falado alguma coisa. Como o inquérito terminou, em respeito à Justiça, ao delegado e ao procedimento de inquérito, eu não queria tumultuar e de forma nenhuma trazer nenhum transtorno”, afirmou o pai.

“Tiro acidental”

Cestari foi questionado por jornalistas se a filha chegou a relatar sobre ter se arrependido em ter pegado a arma e disparado contra a amiga. Para Cestari, não há que se falar em arrependimento.

“Arrependida do que? De um acidente? Ela não usou a arma. Foi um acidente que aconteceu. Quando falo de acidente, eu falo no sentido estrito da palavra e não no sentido técnico. Foi um infeliz acidente, onde ela perdeu a melhor amiga dela”, afirmou.

Ligação para família da vítima

Ele ainda relatou que no dia da morte, chegou a dar um abraço e a pedir perdão para a mãe de Isabele, Patrícia Guimarães Ramos. Confessou ainda que no dia do enterro da adolescente, chegou a entrar em contato com um familiar da vítima, que teria recusado uma aproximação.

“No dia eu pedi perdão para mãe, dei um abraço muito forte na mãe. Nós ligamos para um tio dela para tentar fazer esse contato, e infelizmente as portas foram fechadas para esse tipo de conversa. No momento oportuno, quando essa dor passar, eu acredito que conseguiremos sentar e conversar”, afirmou.

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