Voto pró-Governo valeu até R$ 15 milhões, segundo jornal

DA REDAÇÃO

Agência Câmara

Arthur Lira (PP-AL) controla o orçamento secreto, que garante apoio ao Governo Bolsonaro

Reportagem de O Estado de S. Paulo revela que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), promoveu um "feirão de emendas", na noite de quarta-feira(3), durante a votação da PEC dos Precatórios.

Segundo o jornal, isso pode acabar se transformando em foco de conflitos em poucas semanas.

No Salão Verde, onde a movimentação de parlamentares era frenética, dois deputados relataram ter ouvido que a oferta por um voto a favor da PEC chegava a R$ 15 milhões para adesões de última hora.

A questão é que os deputados podem acabar sem ver a cor do dinheiro.

A tática de trocar votos por verbas a cada votação importante vem sendo usada por Lira desde que ele passou a administrar a distribuição das emendas de relator, chamadas de orçamento secreto por não se saber exatamente qual o critério de distribuição dos recursos e nem haver transparência na aplicação do dinheiro.

Só que, mesmo com essa distribuição farta, como faltam exatos 39 dias úteis para o prazo final de empenho das emendas neste ano, não haverá tempo hábil para que as emendas sejam empenhadas e pagas ainda em 2021.

Virando o ano, zeram-se as despesas e recomeçam as alocações de recursos.

De Mato Grosso, quatro deputados votaram a favor do calote: Neri Geller (PP), Emanuelzinho (PTB), Dr. Leonardo (SD) e José Medeiros (Podemos)

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