MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
A escolha do nome do empresário Olacyr de Moraes, falecido em 2015, para identificar a ferrovia estadual foi duramente criticada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), nesta terça-feira (21).
O emedebista considerou a escolha uma "agressão à cuiabania".
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O nome do senador falecido Vicente Emílio Vuolo, pai do secretário municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Francisco Vuolo, foi preterido.
Emanuel direcionou as críticas ao governador Mauro Mendes (DEM), que alegou, na segunda-feira (20), quando o contrato com a Rumo Logística foi assinado, não saber qual seria o nome escolhido.
O nome oficial ficou Ferrovia Autorizada de Transporte Olacyr de Moraes (Fato).
"Pelo amor de Deus. Nós temos que dar um basta nessa agressão à nossa história, a essa insensibilidade de migrantes que vieram para cá, foram recebidos de braços abertos pelos cuiabanos, que sempre foram um povo hospitaleiro, querido, que tem como uma das suas principais características de ser um bom anfitrião, adora receber migrantes, e os recebe como se em casa estivessem. Assim recebemos diversos migrantes, entre eles o governador do Estado. E agora, num tapa na cara da sociedade cuiabana, da cuiabania, da história de Mato Grosso... não começou agora, depois que eles vieram para cá, não. Já tinha 300 anos", criticou Emanuel.
O prefeito descartou a possibilidade de que Mendes não soubesse da escolha que preteriu o nome de Vuolo.
"Vocês viram o filme publicitário do Governo do Estado? Ele também não sabia nada disso? Claro que sabia. Então tome uma atitude", pediu.
Emanuel lembrou que Mauro Mendes, que já foi prefeito de Cuiabá, veio para Mato Grosso em meio às ondas de migração recebidas pelo Estado. E que na época, Vicente Vuolo já era político atuante.
"Quando ele era um menino de bermuda andando nas ruas de Anápolis, Vicente Vuolo já fazia história aqui em Cuiabá. Antes de ele nascer, Vicente Vuolo foi eleito um dos prefeitos mais jovens. Tinha sido deputado estadual, federal, foi senador da República. Uma história extraordinária. Já levantava uma bandeira de forma visionária e sonhava com a ferrovia para a nossa Capital, para integrar nosso Estado e como uma saída econômica para o Mato Grosso do futuro. E agora, no cargo de governador do Estado... é uma covardia. Nós temos que reagir", defendeu.
Segundo Emanuel, em uma conversa com o deputado Wilson Santos (PSDB), também ex-prefeito da Capital, teria havido o pedido para que um projeto de lei seja elaborado mudando o nome da ferrovia.
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