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POLÍTICA Quinta-feira, 19 de Março de 2015, 17:34 - A | A

19 de Março de 2015, 17h:34 - A | A

POLÍTICA / PRECATÓRIOS DE R$ 20 MI

Eder Moraes nega desvio e culpa Vilceu Marchetti

Ele reafirma que responsabilidade era de ex-secretário, assassinado em 2014

ABDALLA ZAROUR/ MARCIA MATOS
REPORTER MT



Ao chegar para depor na Justiça Federal, nesta quinta-feira (19), o ex-secretário de Estado Eder Moraes, principal réu do processo das investigações originadas pela Operação Ararath, disparou que não passaria de uma grande calúnia o suposto esquema que teria desviado cerca de R$ 20 milhões através de pagamento irregulares à construtora de José Geraldo de Sabóia Campos.

“Isso é balela. Uma mentira deslavada. Na verdade, todos os precatórios pagos pelo Estado de Mato Grosso foram vantajosos para o Estado. Falar de desvio de R$ 20 milhões é brincar com a inteligência humana. Não há desvios. Pelo menos de minha parte não houve nenhum tipo de desvio. Eu nunca desviei um centavo de recurso público. Se houve esse tipo de tratativa em outras áreas que essas áreas respondam”, declarou.

À imprensa, o principal réu da Ararath, que responde por crimes contra o sistema financeiro, voltou a argumentar que a responsabilidade sobre os precatórios não seria da Secretaria de Fazenda, que comandava à época e sim da Infraestrutura, que era comandada por Vilceu Marchetti, assassinado em 2014.

“A Secretaria do Vilceu Marchetti, onde ele exercia o cargo de secretário era onde todos os processos eram tratados. A Sefaz recebe os processos todos prontos, meramente para homologar e fazer o pagamento. Mas observo que todos os precatórios todos os pagamentos foram feitos para construtoras, então prestaram serviço ao estado quando ainda a Sinfra era DVOP (Departamento de Viação e Obras Públicas)”, defendeu.

Aos jornalistas, Eder afirmou que irá comprovar sua inocência.

“Vou sustentar provando com fatos e documentos que não temos nada haver com isso. Há muitas acusações e ilações sendo feitas e no devido processo legal vamos conseguir mostrar em juízo qual é a verdadeira história”, disse.

Com este processo que responde criminalmente, Eder soma quatro processos nos qual figura como réu. Só por conta de um deles, sua eventual pena máxima poderia chegar a 183 anos de prisão apesar disso, o ex-secretário diz se mantiver tranquilo e prevê uma longa batalha judicial, afirmando que caso não seja considerado inocente irá recorrer na Justiça.

“Eu tenho dito constantemente que vou provar minha inocência. Agora esse é um processo longo. Tem muito debate, muito recurso, muita discussão. Vamos aguardar o trânsito em julgado. Ou seja, a decisão final do Supremo Tribunal Federal. Após todas as ligações porque se eu sou inocente o Ministério Público recorre. Se não sou inocentado obviamente nós vamos recorrer”, pontuou.

Audiência adiada

Os depoimentos de Éder Moraes, sua tetsemunha de defesa, Kharina Nogueirta, que é ex-mulher do delator do processo o agiota Júnior Mendonça e outras pessoas arroladas como testemunhas foram transferidos pela Justiça Federal para a próxima quinta-feira (26).

Eder nção soube explicar o motivo da transferência da data, mas opinou que seja pela ausência de algumas testemunhas arroladas, que agora a Justiça deve usar de força coercitiva para o comparecimento dos mesmos.

Segundo o réu da Ararath, muitas das testemunhas arroladas por ele são autoridades ou servidores públicos e temem a exposição à mídia, devido a repercussão do processo.

Assista às declarações de Eder Moraes:

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