DA REDAÇÃO
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) propôs, e a Assembleia Legislativa aprovou, a convocação do secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, para explicar a situação das obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT, na sigla em inglês) em Cuiabá e Várzea Grande. Na audiência, marcada para 19 de fevereiro às 9h na Sala das Comissões, o secretário deverá esclarecer os motivos do atraso nas obras e também o futuro do modal de transporte intermunicipal.
Lúdio já havia aprovado, em janeiro, um convite aos representantes do Consórcio Construtor BRT, conjunto de empresas responsável pelas obras. A audiência estava prevista para esta quinta-feira (13), mas foi adiada a pedido do consórcio. A reunião com os representantes das empresas foi reagendada para 27 de fevereiro.
"A convocação é para que o secretário venha prestar esclarecimentos sobre o BRT. Tem projeto básico? Tem projeto executivo? Qual o cronograma de pagamentos que já foi realizado? Foram feitas as medições necessárias para que o pagamento acontecesse? Porque a informação que circula é que o consórcio já recebeu 40% dos recursos da obra, mas entregou apenas 18%. Nós queremos esclarecer com detalhes todas essas situações, confrontar a posição do consórcio com a da secretaria, para que a Assembleia cumpra seu dever de fiscalizar essa situação da obra do BRT", declarou o deputado.
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Para Lúdio, as obras do BRT seguem a "novela interminável" do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o modal de transporte previsto anteriormente entre Cuiabá e Várzea Grande. Em 2020, o governador Mauro Mendes (União Brasil) decidiu pela troca do VLT para o BRT. As obras estavam paralisadas desde 2014, ano em que o VLT estava previsto para ficar pronto inicialmente.
"Infelizmente está se tornando uma novela interminável junto com a novela do VLT. Já são mais de 10 anos de novela em torno dessa questão, e só no mandato do Mauro Mendes já são seis anos, então nós precisamos de uma solução", pontuou o deputado.
O contrato entre a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e o Consórcio Construtor BRT está estimado em R$ 468 milhões e a previsão inicial de entrega era para outubro de 2024. No começo de fevereiro deste ano, o governo anunciou que iria romper o contrato com o consórcio em razão do atraso nas obras. Governo e empresa seguem negociando a rescisão.
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